Turquia 'não está em condições' de ratificar a adesão da Suécia à Otan

A Turquia "não está em condições" de ratificar a adesão da Suécia à Otan no momento, disse neste sábado (14) Ibrahim Kalin, conselheiro do presidente Recep Tayyip Erdogan, após um incidente que causou agitação em Ancara.

"Não estamos em condições de enviar a lei [de ratificação] ao Parlamento, temos um problema real com esta questão" e os deputados podem rejeitá-la, disse Kalin.

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O governo turco convocou o embaixador sueco em Ancara para protestar contra a divulgação na quinta-feira de uma montagem em vídeo feita pela filial sueca do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que mostrava Erdogan enforcado sob o epíteto de "ditador".

Desde maio, a Turquia bloqueia as candidaturas da Suécia e da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), considerando-as santuários para membros do PKK e outras organizações que define como "terroristas".

"Queremos seguir em frente, mas se tais incidentes se repetirem, o processo [de adesão da Suécia] vai desacelerar", disse Kalin a repórteres.

O conselheiro presidencial turco afirmou que a Suécia deve enviar "uma mensagem clara" sobre a sua posição aos membros do PKK que residem no país nórdico.

A Suécia "deve garantir, por exemplo, que [o PKK] não será mais capaz de recrutar ou arrecadar fundos" dentro de suas fronteiras, declarou.

Kalin reconheceu, no entanto, que o novo governo sueco tomou várias iniciativas importantes, como a visita "muito apreciada" do primeiro-ministro escandinavo a Ancara logo após a posse.

Quando a Suécia e a Finlândia apresentaram seu pedido de adesão para fortalecer a aliança militar ocidental, após a invasão russa da Ucrânia, a Turquia exigiu que esses países expulsassem vários membros do PKK e do movimento do pregador Fetullah Güllen, acusado de ter fomentado um golpe de Estado em 2016.

No início de dezembro, a Suécia expulsou um membro do PKK, enviando-o para a Turquia, onde foi imediatamente preso.

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