EUA pede 'eleições livres' na Venezuela ao se reunir com a oposição
O governo de Joe Biden se reuniu na sexta-feira (13) com membros da oposição venezuelana ao líder Nicolás Maduro para apoiar seu esforço "para alcançar eleições livres", informou o chefe da diplomacia dos EUA para a América Latina, Brian Nichols.
"Reunião valiosa com membros da delegação de negociação da Plataforma Unitária para reafirmar o apoio dos Estados Unidos ao seu trabalho para alcançar eleições livres e justas na Venezuela em 2024", disse Brian Nichols em um tuíte.
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"Apoiamos o povo venezuelano em seu esforço para restaurar a democracia", acrescentou, junto com uma foto da reunião.
Este encontro pode ser interpretado como um endosso à delegação depois de algumas declarações do líder radical Leopoldo López contra alguns delegados da oposição a quem acusa de favorecer os "interesses" do presidente chavista.
Também ocorre poucos dias depois que parte da oposição dissolveu o "governo interino" do líder Juan Guaidó na Venezuela, reconhecido como governante há quatro anos pelos Estados Unidos e cinquenta outros países em uma ofensiva fracassada de tomar o poder após classificar a reeleição de Maduro como "fraude".
A Plataforma Unitária participa da mesa de diálogo com o governo de Maduro retomada no México em novembro passado em busca de uma saída para a crise política e convoca eleições presidenciais em 2024 em um marco transparente e igualitário.
Maduro, por sua vez, exigiu na quinta-feira que sejam suspensas "todas" as sanções internacionais que lhe foram impostas para pressioná-lo a deixar o poder.
Ainda não há data para um próximo encontro entre as partes, embora o presidente venezuelano o tenha condicionado ao desembolso de 3 bilhões de dólares bloqueados pelas sanções.
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