Mulher com doença autoimune não recebe promoção no emprego 'por possibilidade de morrer'
No Reino Unido não existe uma lei de combate ao bullying nas empresas, e com uma campanha, Skevi busca mudar essa realidade
Uma mulher diagnosticada com doença autoimune foi informada pelo próprio chefe que não merecia promoção no trabalho pois iria morrer em breve. O caso ocorreu em Birmingham, na Inglaterra. Skevi Constantinou, de 36 anos, tem um doença autoimune rara e precisa tomar cuidado em qualquer ambiente que frequenta para não ser infectada com outras doenças, fato que agravaria seu quadro de saúde.
Skevi relatou, em entrevista ao jornal britânico Metro, que passou por anos de bullying, recebendo "brincadeiras" várias vezes durante o dia. E para ela, o comentário de seu chefe foi apenas um dos vários exemplos de situações que enfrentou no decorrer da sua carreira, quando trabalhou como assistente executiva em algumas empresas do Reino Unido.
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Por conta da declaração do homem sobre sua saúde, a situação ficou fora do controle. Stevia desenvolveu quadro de ansiedade, afetando sua saúde física e mental, além de modificar a forma com que se relacionava com amigos e familiares. Médicos chegaram a afirmar que ela poderia morrer se o bullying não parasse.
Após esse longo período de abusos, ela decidiu largar o emprego e abrir sua própria empresa, a "The PA Way", voltara ao treinamento de assistentes pelo mundo e que promove campanhas para combater o assédio moral em ambientes de trabalho.
No Reino Unido, não existe uma lei específica para combater o bullying nas empresas, e com essa campanha, Skevi busca mudar essa realidade. "Eu não consigo acreditar que não existe ainda uma lei para isso, muitos outros países já possuem," declarou à reportagem.
E devido a repercussão que o caso teve, foi aberta petição online para que o governo do Reino Unido introduza uma lei de combate ao assédio no trabalho. "Não deixem os valentões ganharem, vamos fazer parte da história e mudar a lei, eu quero começar um movimento para ajudar a vida das pessoas, que merecem trabalhar com respeito e segurança", completou Skevi.