Desfile de soberanistas para funeral de Bento XVI
O funeral solene, na quinta-feira (5), do papa emérito Bento XVI, teólogo conservador que renunciou ao trono de Pedro em 2013, contará com a presença de importantes líderes soberanistas e tradicionalistas da Europa, que o consideram um símbolo.
Vários chefes de Estado e dirigentes figuram na lista de personalidades que anunciaram a presença no funeral, que acontece na Praça de São Pedro e será presidido pelo papa Francisco.
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Entre eles estão o presidente polonês, Andrzej Duda, e seu primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki; a presidente húngara, Katalin Novàk; e, provavelmente, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que na terça-feira (3) prestou homenagem ao corpo exposto de Bento XVI na Basílica do Vaticano.
O funeral contará ainda com a presença da rainha Sofia da Espanha e do rei Felipe da Bélgica.
Também estarão presentes o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, um católico fervoroso, e a eslovena Natasa Pirc Musar.
O francês Emmanuel Macron enviará o ministro do Interior, Gérald Darmanin. Por sua parte, Joe Biden será representado pelo embaixador americano junto à Santa Sé, Joe Donnelly.
O funeral de um papa emérito, ou seja, sem funções, não tem um protocolo específico. Assim, foram seguidos alguns dos procedimentos da cerimônia para um pontífice em exercício e a liturgia teve que ser adaptada, segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
A Secretaria de Estado do Vaticano convidou oficialmente apenas dois países, Alemanha e Itália, país de nascimento e o de residência, respectivamente. Os demais participam em caráter privado.
Embora as autoridades de Roma tenham ordenado medidas especiais de segurança, com mais de mil agentes mobilizados e o fechamento de algumas ruas, não se espera a presença de um milhão de pessoas, como foi o caso do funeral do papa polonês João Paulo II, em abril de 2005.
Na ocasião, estiveram presentes figuras como o presidente Lula, George Bush pai e filho, Bill Clinton, os presidentes do Irã e do Afeganistão, entre outros.
Tudo está pronto na imensa Esplanada de São Pedro onde uma estrutura coberta foi montada para abrigar o altar no átrio da Basílica.
A cerimônia será presidida por Francisco, mas a missa será oficiada pelo decano do Colégio dos Cardeais, o italiano Giovan Battista Re.
Poucas são as personalidades políticas da América Latina que até agora anunciaram sua presença. Entre os confirmados está o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Alvaro Leyva.
Em oito anos de pontificado (2005-2013), Bento XVI visitou a região duas vezes: foi ao Brasil em 2007 e, em 2012, visitou México e Cuba.
Todas as conferências episcopais da América Latina lamentaram sua morte e o governo hondurenho proclamou quatro dias de luto nacional.
Cerca de 3.700 religiosos, além de cardeais e freiras, devem participar da cerimônia, entre eles seminaristas e sacerdotes latino-americanos que estudam ou trabalham em Roma.
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