Rede de transporte de Londres proíbe anúncios que promovam o Catar
A empresa pública de transportes de Londres (TfL) explicou que proibiu anúncios que apresentem o Catar como um destino "desejável" ou promovam a participação na Copa do Mundo de futebol, aplicando sua regulamentação criada em 2019 para países com leis repressivas contra pessoas LGBTQIA+.
Segundo o jornal Financial Times deste sábado (26), o rico emirado está revisando todos os seus investimentos na capital britânica em retaliação à política da TfL.
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Desde 2019, a TfL examina se autoriza que seus ônibus, trens, metrôs e outras plataformas coloquem publicidades que promovam países onde atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo estão sujeitos à pena de morte.
A empresa usa como base uma lista compilada pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (ILGA), que reúne mais de 1.7000 organizações de direitos LGBTQIA+ em todo o mundo.
O Catar é um dos onze países onde a pena de morte para atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo é "realmente" ou "provavelmente" aplicada, junto com outros como Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Antes do início da Copa do Mundo, um porta-voz da TfL disse que anúncios que "promovam viagens ao Catar, turismo no Catar e que retratem o Catar como um destino desejável não serão considerados aceitáveis".
Também "não serão considerados aceitáveis no momento" os anúncios "que prometam vendas de ingressos, incentivem a frequentar os jogos ou outros eventos no Catar".
No entanto, outros anúncios exibindo o logotipo da Copa do Mundo do Catar ou incentivando as pessoas a assistirem aos jogos pela televisão ou por serviços de streaming provavelmente serão considerados aceitáveis.
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