Estudante é detido após tiroteio com três mortes em universidade dos EUA

A polícia prendeu nesta segunda-feira (14) um estudante e ex-jogador de futebol americano universitário suspeito de matar a tiros três ex-colegas de equipe na Universidade da Virgínia, na costa leste dos Estados Unidos.

Em outro incidente de violência, a Universidade de Idaho, no oeste do país, também se encontrava de luto depois que quatro estudantes foram encontrados mortos em uma casa perto do campus.

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O chefe de polícia Timothy Longo disse em uma coletiva de imprensa que Christopher Darnell Jones Jr., de 22 anos, estudante da Universidade da Virgínia (UVA), foi detido sob suspeita de ser o autor dos disparos efetuados na noite de domingo.

Segundo o Departamento de Polícia do condado de Henrico, Jones foi preso "sem incidentes" nesta segunda pela manhã em um subúrbio de Richmond, a cerca de 120 km do campus da UVA na cidade de Charlottesville.

Longo contou que Jones havia chamado anteriormente a atenção da equipe de "avaliação de ameaças" da escola, após um relato de que ele tinha uma arma, mas na época nada foi encontrado.

Os disparos foram realizados em um ônibus no qual os estudantes voltavam de uma excursão, segundo o presidente da UVA, Jim Ryan, que disse que os três mortos integravam a equipe de futebol americano.

Foram identificados como Lavel Davis Jr., Devin Chandler e D'Sean Perry. Outros dois estudantes ficaram feridos, informou Ryan, um deles em estado grave.

O campus de Charlottesville foi isolado enquanto helicópteros e a polícia procuravam Jones. Horas depois, o campus foi liberado, mas a UVA afirmou que "uma grande presença policial" seria mantida.

"Este foi um incidente traumático para todos em nossa comunidade e as aulas de hoje foram canceladas", disse Ryan em nota, acrescentando que apoio psicológico estaria à disposição de estudantes e professores.

A Casa Branca enviou suas condolências às famílias das vítimas desse "tiroteio sem sentido" e pediu ao Congresso que apoie leis de controle de armas mais rígidas.

"Famílias demais em todo o Estados Unidos estão tendo que aguentar o terrível peso da violência armada", afirmou. "Precisamos promulgar uma proibição de armas de assalto para para tirar as armas de guerra das ruas" do país, acrescentou o governo do democrata Joe Biden.

Em abril de 2007, um estudante matou 32 pessoas a tiros no campus da Universidade Virginia Tech, em Blacksburg, antes de cometer suicídio.

Tim Kaine, senador democrata desse estado da costa leste, disse em um tuíte nesta segunda-feira que estava "profundamente comovido ao saber que mais moradores da Virgínia foram aniquilados pela violência armada".

Mais de 3.000 km a oeste, nas Montanhas Rochosas, a polícia investiga a morte de quatro estudantes cujos corpos foram encontrados no domingo em uma casa próxima ao campus da Universidade de Idaho. Acredita-se que foram "vítimas de homicídio".

A polícia respondeu a um chamado na cidade de Moscow, perto da Universidade, sobre um indivíduo que se encontrava inconsciente. "Ao chegar, os agentes encontraram quatro mortos", disse a polícia em nota. As autoridades não revelaram outros detalhes, como a causa das mortes.

"É com profunda tristeza que compartilho com vocês que a universidade foi notificada hoje sobre a morte de quatro estudantes da Universidade de Idaho que moravam fora do campus e que acredita-se terem sido vítimas de homicídio", declarou o reitor da Universidade de Idaho, Scott Green, em comunicado.

A Universidade de Oakland, perto de Detroit, no estado de Michigan (norte), pediu a seus alunos e funcionários que não fossem ao campus nesta segunda-feira, pois "a polícia ainda está procurando por dois suspeitos armados" vistos no início da manhã. Mais tarde, deram luz verde: "tudo limpo".

O Detroit Free Press informou que o incidente começou quando suspeitos dirigindo veículos roubados se acidentaram em uma rodovia interestadual e correram para o campus de Oakland para fugir de uma detenção.

Tiroteios em escolas e universidades são comuns nos Estados Unidos, onde o número de armas de fogo disparou nos últimos anos.

Em maio, um homem armado de 18 anos invadiu a Escola Primária Robb em Uvalde, Texas, com um rifle semiautomático e matou 19 estudantes e dois professores, em um ataque que comoveu o país e renovou os pedidos por uma reforma sobre as armas.

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