Os favoritos para suceder a Liz Truss à frente do governo britânico

Após a renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, na quinta-feira (20), três nomes se perfilam como favoritos para suceder-lhe: o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak; a ministra encarregada de relações com o Parlamento, Penny Mordaunt; e o ex-chefe do Executivo Boris Johnson, cujo possível retorno causa polêmica.

Confira abaixo os potenciais candidatos à sucessão:

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A revelação feita pelo jornal "The Times" de que o ex-primeiro-ministro se candidataria, empunhando o "interesse da nação" como bandeira, causou comoção em Londres.

Três meses e meio depois de jogar a toalha após uma série de deserções em seu governo, sobrecarregado por escândalos - entre eles o das festas em Downing Street que violaram as normas anticovid -, o entorno de "BoJo" indicou que o político anteciparia sua volta de suas férias no Caribe.

Se conseguir superar o filtro dos parlamentares que devem votar, Boris tem uma boa chance de voltar ao poder. De acordo com uma pesquisa recente do YouGov, ele continua muito popular entre os eleitores do Partido Conservador.

Aos 58 anos, este ex-jornalista, que foi prefeito de Londres e ministro das Relações Exteriores, ostenta no currículo o fato de ter levado seu partido a uma histórica vitória eleitoral em 2019.

Ele é defensor ferrenho do Brexit e, para seus seguidores, seu carisma e sua otimismo a toda prova são essenciais para evitar uma catástrofe nas urnas, levando-se em conta as pesquisas e a crise social.

Mas seu possível retorno também gera reações negativas, com alguns parlamentares ameaçando renunciar.

"Este país precisa de capacidade em um período de grandes desafios econômicos", protestou o ex-ministro David Lidington, em declarações à rede BBC.

A eleição do ex-premiê pode agravar as já profundas divisões entre os conservadores.

Além disso, Johnson tem outro obstáculo. Continua sendo investigado pelo Parlamento para se descobrir se mentiu para a Câmara durante o chamado "Partygate" e corre o risco de ser suspenso de seu mandato como deputado.

Antes de soarem os rumores sobre um retorno de Johnson, parecia que era a hora da revanche para Rishi Sunak. O ex-ministro das Finanças chegou em segundo lugar na disputa contra Truss na fase final do processo de eleição de um novo líder conservador, no início de setembro, decidido pelas bases do partido. Era o candidato preferido dos deputados.

O ex-banqueiro bilionário de 42 anos é uma figura tranquilizadora que defende a ortodoxia fiscal.

Durante sua campanha em agosto, alertou, repetidas vezes, que cortes de impostos não financiados piorariam a situação da inflação, em seu nível mais alto em décadas. Além disso, minaria a confiança dos mercados.

Os fatos provaram que ele estava certo.

Este fã da saga de Star Wars, deputado desde 2015, foi nomeado como ministro das Finanças pouco antes da pandemia da covid-19. Com ajudas em massa a famílias e empresas, sua gestão da crise foi muito elogiada.

Sunak tem, no entanto, um argumento importante que pesa contra ele: muitos deputados leais a Boris Johnson veem-no como o traidor, cuja renúncia em julho precipitou a queda do carismático e polêmico primeiro-ministro.

A ministra encarregada das relações com o Parlamento concorreu em julho contra Liz Truss para suceder a Boris Johnson e somou apoios nas primeiras rodadas de votação. Era a favorita das bases conservadoras, mas foi descartada pelos deputados no último minuto.

Esta carismática ex-ministra da Defesa, de 49 anos, ficou sob os holofotes na segunda-feira (17), quando compareceu ao Parlamento no lugar de Truss para responder à oposição. Defendeu com desenvoltura a guinada na política econômica do governo.

A veia patriótica desta reservista da Marinha toca fibras sensíveis no partido. A seu favor, também tem o fato de ser uma partidária do Brexit desde 2016.

Antes de ser eleita deputada em 2010, Mordaunt estudou filosofia, encadeando uma série de empregos e, depois, trabalhou em Relações Públicas para o dirigente conservador William Hague e, nos Estados Unidos, para a campanha presidencial de George W. Bush.

A hipótese de sua candidatura surgiu recentemente, e o jornal conservador "The Times" mencionou, na terça-feira (18), conversas não confirmadas nesse sentido.

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