EUA nega relação entre libertação de dois americanos e fundos iranianos bloqueados
Os Estados Unidos rejeitaram neste domingo(2) alegações iranianas de que a libertação de dois americanos detidos por Teerã signifique o desbloqueio de fundos do Irã no exterior.
Teerã permitiu ao iraniano-americano Baquer Namazi (85) deixar o Irã para receber tratamento médico no exterior e libertou seu filho Siamak (50), informou as Nações Unidas no sábado.
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Agora, o Irã espera o desbloqueio de cerca de sete bilhões de dólares congelados em contas no exterior, reportaram meios oficiais iranianas no domingo.
"Com o fechamento das negociações entre Irã e Estados Unidos para libertar prisioneiros de ambos os países, sete bilhões de dólares de recursos congelados do Irã serão desbloqueados", garantiu a agência oficial Irna.
No entanto, para o Departamento de Estado dos EUA esta vinculação é "categoricamente falsa".
"Entendemos que a retirada da proibição de viagem e a liberação de seu filho estejam relacionadas a seu tratamento médico", acrescentou.
Milhares de milhões de dólares de fundos iranianos em vários países -especialmente na China, Coreia do Sul e Japão- foram congelados desde que os Estados Unidos voltaram a impor sanções à república islâmica em 2018, após sua saída unilateral do acordo nuclear com Teerã.
A agência Irna afirmou no domingo que "Washington busca ao mesmo tempo a libertação de seus cidadãos detidos em Teerã e o desbloqueio de fundos iranianos na Coreia do Sul".
A notícia é divulgada em meio às negociações que ocorrem desde abril de 2021 para salvar o acordo de 2015 que liberou o Irã de pesadas sanções internacionais em troca de restrições em seu programa nuclear.
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