Armênia e Azerbaijão se acusam na ONU por confrontos na fronteira
Armênia e Azerbaijão se acusaram mutuamente no Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira (15), pelos confrontos na fronteira que deixaram dezenas de mortos nos últimos dias.
No entanto, a ONU disse que não foi possível verificar as acusações de nenhuma das partes.
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"Esta agressão é a resposta do Azerbaijão aos esforços de mediação da comunidade internacional", acusou o embaixador da Armênia na ONU, Mher Margaryan, que indicou que Baku optou por "uma solução militar para o conflito".
"Estamos recebendo relatórios de que o frágil cessar-fogo está ameaçado. Há relatórios confiáveis de que o Azerbaijão planeja outra ofensiva militar", completou.
Um cessar-fogo está sendo respeitado nesta quinta-feira, após dois dias de confrontos que ameaçaram enterrar o processo de paz entre os dois países.
O embaixador do Azerbaijão na ONU, Yashar Teymur Oglu Aliyev, rejeitou as "acusações" da Armênia e acusou Yerevan de "enfraquecer o frágil processo de normalização pós-conflito" na região de Nagorno-Karabakh.
"A Armênia está longe de cumprir com suas obrigações internacionais e promover a paz, a estabilidade e a cooperação em nossa região", completou o embaixador.
Sem observadores no terreno, a ONU disse que não podia determinar a veracidade das acusações de ambos os lados.
"Ambos os países escreveram ao secretário-geral e ao Conselho de Segurança alegando violações do cessar-fogo mediado pela Rússia em 2020 e de sua integridade territorial", disse o subsecretário-geral da ONU para Europa e Ásia Central, Miroslav Jenca.
"A ONU não tem condições de verificar ou confirmar os detalhes destes relatórios", indicou Jenca, acrescentando que "os eventos desta semana também são um claro lembrete de que as tensões entre Armênia e Azerbaijão têm o potencial de desestabilizar a região".
Vários membros do Conselho de Segurança comemoram o cessar-fogo entre os dois países e fizeram um apelo ao diálogo.
"As forças militares agora devem retirar-se para permitir que ambas as partes resolvam todos os assuntos pendentes através de negociações pacíficas", disse o representante dos Estados Unidos na ONU, Richard Mills.
abd/kar/led/wd/ec/am/mvv