Acionistas do Twitter aprovam venda para Musk, que tenta se retirar do negócio
Os acionistas do Twitter aprovaram nesta terça-feira (13) a oferta de Elon Musk para comprar a rede social por US$ 44 bilhões, mesmo enquanto o magnata tenta romper o contrato após acusar a empresa de mentir.
A votação consolida a posição da plataforma, que recorreu à Justiça para fazer Musk cumprir seu compromisso de adquirir a empresa. Um julgamento está marcado para o próximo mês.
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O Twitter havia convocado seus acionistas para uma "reunião especial" por videoconferência, mas o contexto mudou drasticamente desde o final de abril, quando seu conselho de administração e Musk assinaram um contrato de venda a US$ 54,20 por ação.
Em seguida, o dono da Tesla e da SpaceX multiplicou suas acusações contra o Twitter, a sua plataforma social preferida e que diz querer transformar numa ferramenta para a democracia.
Em 8 de julho, Musk se retirou do negócio. Alegou que o Twitter mentiu sobre o número de contas automatizadas e spams incluídos entre os usuários.
A votação desta terça-feira ocorre logo após a audiência no Senado de Peiter Zatko, o ex-chefe de segurança do Twitter que revelou informações desconhecidas semanas atrás.
"O endereço do Twitter engana legisladores, reguladores e até mesmo seu próprio conselho de administração", afirmou Zatko, mais conhecido por seu apelido Mudge.
Como responsável pela segurança do Twitter desde o final de 2020 até sua demissão em janeiro, ele disse ter encontrado vulnerabilidades graves e que alertou os líderes da empresa, mas sem sucesso.
"Eles não sabem que dados têm, onde estão, de onde vêm. E, obviamente, não podem protegê-los", declarou ele em seu depoimento perante um comitê do Congresso.
"Os funcionários têm muito acesso (...). Não importa quem tem as chaves se você não tem fechaduras nas portas", disse ele. Os altos funcionários do Twitter "não têm competência para entender a magnitude do problema", insistiu.
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