França, Alemanha e Reino Unido incertos sobre disposição do Irã em salvar pacto de 2015
Alemanha, França e Reino Unido expressaram "sérias dúvidas" neste sábado sobre até que ponto o Irã está "comprometido" em alcançar um "resultado positivo" nas negociações para salvar o pacto de 2015 sobre o programa nuclear da República Islâmica.
"O Irã continua a avançar seu programa nuclear muito além do que poderia ser plausivelmente justificado por motivos civis", disseram os governos dos três países em comunicado conjunto.
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"No início de agosto, após um ano e meio de negociações, o coordenador do JCPOA (o acordo de 2015) apresentou um conjunto de textos finais que devem permitir que o Irã volte às suas obrigações e os Estados Unidos voltem ao acordo", afirmaram os três países.
"Infelizmente o Irã decidiu não aproveitar esta oportunidade diplomática decisiva" e "continua a escalar seu programa nuclear (...)", apontam.
O Irã pediu mais uma vez a suspensão de uma investigação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre vestígios de urânio enriquecido encontrados em três locais não declarados, o que foi contestado pelo chefe da AIEA, Rafael Grossi.
"Nossa posição é clara: o Irã deve cooperar total e imediatamente com a AIEA...", acrescentou o comunicado.
Desde abril de 2021, o Irã mantém negociações sob mediação da UE para reativar o acordo de 2015, com Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia. Os Estados Unidos estão indiretamente envolvidos no processo.
Em 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo que buscava impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear.
Em resposta, o Irã passou a descumprir progressivamente as obrigações e limitações estipuladas no acordo de 2015.