Cientistas chineses criam peixe-robô capaz "engolir" microplásticos dos oceanos

Peixe-robô criado por cientistas chineses consegue remover microplásticos em águas rasas dos oceanos nadando a uma velocidade de 30 milímetros por hora

Um peixe-robô de 13 milímetros (1,3 centímetro) é a mais recente aposta de cientistas chineses para o enfrentamento da poluição causada por plástico nos rios e mares do planeta. 

A invenção terá atuação focada no recolhimento de microplásticos, ou seja, minúsculos pedaços derivados de plástico poluentes e danosos ao meio ambiente e aos seres vivos, incluindo humanos.

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Presentes no ar, na água e até na corrente sanguínea de seres humanos, microplásticos podem ser tão pequenos que se tornam invisíveis ao olho humano. Com a criação do peixe-robô, porém, o material poluente poderá ser removido em águas rasas, com limite de até 300 metros de profundidade. 

Como o peixe-robô combaterá a poluição em rios e mares?

O “peixe” responsável pela coleta consegue desviar de objetos e se orienta por uma luz infravermelha presente em sua cauda. Os resultados da pesquisa que culminou na criação do robô foram divulgados em 22 de junho deste ano pela revista “Nano Letters” da Sociedade Americana de Química.

Em entrevista ao portal The Guardian, Yuyan Wang, líder da pesquisa, explicou que além da função de coleta do material poluente, o robô é fabricado com um material capaz de se regenerar e nada a uma velocidade de 30 milímetros por segundo. 

Assim, mesmo que seja danificado, o robô poderá se reestruturar para continuar absorvendo os microplásticos e transportando-os para pontos de coleta e impedindo que o material permaneça flutuando na água. 

Além disso, o robô não apresenta potencial de risco para os animais ou para a flora dos oceanos. A equipe responsável garante ainda que a invenção é inofensiva. Segundo eles, mesmo que o robô seja engolido por predadores, não representará risco algum aos animais. 

Para o futuro, a equipe de Wang estuda a possibilidade do “peixe-rôbo” chegar a maiores profundidades no oceano para recolher microplásticos mais difíceis de serem capturados.

O que são microplásticos e quais os riscos para saúde? 

Os microplásticos são definidos como partículas sólidas baseadas em polímeros artificiais com comprimento menor que 5 mm, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos Estados Unidos.

De acordo com a revista National Geographic Brasil, os microplásticos estão presentes no sal, na cerveja, em frutas e vegetais frescos e na água potável. Partículas transportadas pelo ar podem circundar o globo em questão de dias e cair do céu como chuva

Microplásticos foram encontrados em sangue humano pela primeira vez em março de 2022. O material têm se tornado um problema para a promoção da qualidade da saúde dos indivíduos

Em 2019, microplásticos foram encontrados em mamadeiras e até mesmo em água potável.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já emitiu um alerta global para o risco da elevada exposição dos seres vivos a essas partículas.

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