Onda de violência deixa onze mortos e comércios incendiados em cidade mexicana

Ciudad Juárez, uma das principais cidades mexicanas fronteiriças com Estados Unidos, foi cenário na quinta-feira de uma onda de violência que deixou 11 mortos, incluindo um locutor de rádio, e comércios incendiados, informaram autoridades nesta sexta-feira(12).

No primeiro caso, dois presos morreram baleados e outros 20 ficaram feridos em um enfrentamento de gangues rivais em uma penitenciária da cidade, afirmou o subsecretário de Segurança, Ricardo Mejía, na conferência matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.

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Segundo meios locais, os dois grupos estão ligados ao cartel de Sinaloa, outrora liderado por Joaquín "Chapo" Guzmán, em prisão perpétua nos Estados Unidos.

"A população civil inocente foi agredida como uma espécie de represália. Não foi apenas uma disputa de gangues, mas chegou um momento no qual começaram a disparar contra pessoas inocentes", afirmou López Obrador.

Após o motim, duas pessoas foram mortas e uma ficou ferida durante um ataque contra uma loja de alimentos. Outros dois comércios foram incendiados.

À noite, pistoleiros assassinaram quatro pessoas no meio da rua, entre elas, o locutor Alan González, da radiodifusora local Mega Radio, que realizava uma transmissão ao vivo. As outras vítimas trabalhavam para a emissora, indicou Mejía.

A equipe da emissora realiza atividades promocionais em frente a uma pizzaria, segundo testemunhas, e o caso é investigado por um órgão oficial de proteção a jornalistas.

Pelo menos outros 13 comunicadores foram assassinados no México em 2022, segundo dados de organizações defensoras da liberdade de imprensa.

Mejía relatou outros três homicídios sem detalhar as circunstâncias, assim como a detenção de seis pessoas acusadas de participar dos ataques.

No entanto, a polícia local anunciou quatro detenções e a governadora do estado de Chihuahua, Maru Campos, informou a mobilização de forças federais e estatais para restabelecer a ordem na cidade de 1,5 milhão de habitantes.

Esta série de ataques em Ciudad Juárez ocorreu dois dias depois de uma escalada violenta nos estados de Jalisco (oeste) e Guanajuato (centro), atribuída pelo governo ao cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG), um dos mais poderosos do país.

Os incidentes deixaram um suposto criminoso morto e 16 detidos, além de 25 comércios e vários veículos incendiados.

Alguns dos ataques ocorreram na periferia de Guadalajara, capital de Jalisco.

Após a escalada de quinta-feira, vários bairros de Ciudad Juárez ficaram desertos, algumas universidades suspenderam as aulas e a associação empresarial de Chihuahua exigiu que o governo atue com contundência contra o crime organizado.

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México crime narcotráfico

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