Bombeiros declaram 'controlado' o incêndio de tanques de petróleo em Cuba

O incêndio que há cinco dias consome uma base de armazenamento de petróleo em Matanzas, oeste de Cuba, foi declarado "controlado" nesta quarta-feira(10) pelo Corpo de Bombeiros da ilha, com um balanço de um morto e 14 desaparecidos até agora.

"Já podemos dizer que o incêndio está controlado", anunciou à imprensa Alexander Ávalos Jorge, diretor adjunto da entidade, que destacou a ajuda do México e da Venezuela.

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O incêndio foi declarado na sexta-feira após o impacto de um raio sobre um dos oito tanques, com capacidade de 50 milhões de litros de combustíveis cada, na base de armazenamento localizada cem quilômetros a leste de Havana.

"Hoje estamos mais tranquilos", disse Ávalos com o rosto menos tenso, mas lembrou que ainda persistem alguns focos ativos e que a extinção total "não será no dia de hoje".

Mais cedo, a tripulação de um helicóptero mexicano sobrevoou o incêndio e informou que o fogo começava a ser controlado.

Um dos quatro tanques incendiados "já está praticamente apagado", disse à televisão um piloto cubano que acompanhou seus colegas do Exército mexicano.

O piloto estimou que "o trabalho foi eficaz", já que foi possível manter fresca a tubulação que conecta o depósito com outros quatro tanques de 52 milhões de litros cada um, localizados a 150 metros.

Em um segundo tanque, segundo imagens entregues pela tripulação à televisão cubana, havia menos fumaça e chamas mais fracas que em dias anteriores.

Nos outros dois depósitos não foi possível verificar a situação já que a fumaça dificultava a visão, ainda que as chamas sejam menos intensas.

Da cidade de Matanzas, a quatro quilômetros do incêndio, se vê menos fumaça que em dias anteriores, segundo constataram jornalistas da AFP.

Os repórteres também viram a embarcação Bourbon Artabaze, do Exército mexicano, lançando um forte jato de água a cerca de 150 metros do fogo, enquanto cinco helicópteros equipados com tanques de 2.500 litros jogavam água no mar.

México e Venezuela responderam de imediato ao pedido de ajuda de Cuba e desde sábado chegaram 13 aviões e duas embarcações mexicanas, e quatro aviões da Venezuela, com bombeiros, especialistas, espuma, mangueiras e outros meios.

O trabalho com os bombeiros e especialistas do México e Venezuela "tem sido uma experiência única", afirmou Avalos, ao destacar o entendimento entre os especialistas dos três países.

O incêndio já deixou um bombeiro morto e 128 pessoas receberam atendimento médico por queimaduras e lesões, entre elas, 20 estão hospitalizadas. Outros 14 bombeiros estão desaparecidos.

O presidente Miguel Díaz-Canel explicou na terça-feira à imprensa que a medida que as chamas são apagadas a temperatura vai baixando e "podemos entrar para recuperar as vítimas", em referência aos desaparecidos.

"Vai ser um momento muito difícil" para o qual "temos que estar preparados e dar apoio a essas famílias", acrescentou.

A central termoelétrica Antonio Guiteras, uma das principais do país, retomou a atividade nesta quarta-feira depois de dois dias de paralisação pela contaminação da água provocada pelo derramamento de combustível, o que agravou a crise de geração e distribuição de eletricidade em Cuba.

cb/dga/jc

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Cuba Venezuela incêndio economia México eletricidade acidente

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