EUA estudaram hábitos de Zawahiri antes de ataque

O sol nascia em Cabul quando dois mísseis Hellfire disparados por um drone americano encerravam o reinado de uma década de Ayman al-Zawahiri como líder da Al-Qaeda, no domingo. O sucesso dos disparos foi resultado de uma operação audaciosa dos EUA, planejada ao longo de meses.

Autoridades americanas construíram um modelo do esconderijo de Zawahiri e o levaram até a Casa Branca para mostrá-lo ao presidente, Joe Biden. Observaram tanto a vida do terrorista mais procurado dos EUA que construíram um "padrão de vida" de forma meticulosa. Por isso, sabiam que Zawahiri gostava de se sentar na varanda de casa - e estavam confiantes de que ele estaria lá no momento em que os mísseis foram disparados.

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Segundo Biden, anos de esforços de agentes de inteligência dos EUA para rastrear Zawahiri e pessoas próximas tiveram resultados no início deste ano, quando o terrorista foi localizado. Ele foi procurado por duas décadas, período em que os EUA tiveram quatro presidentes.

Zawahiri se tornou o número 2 na lista de mais procurados dos EUA em 2001, após os ataques do 11 de Setembro. Ele ajudou a planejar os atentados e era braço direito de Osama bin Laden, então líder da Al-Qaeda, assassinado em 2011.

A família de Zawahiri era apoiada pela rede Haqqani, que faz parte do governo do Taleban, e passou a residir em Cabul quando os americanos retiraram suas tropas após 20 anos de combates.

Os agentes tiveram de confirmar a identidade e planejar um ataque em uma cidade lotada, sem colocar a vida de civis em risco e garantindo que a operação não atrasasse outras prioridades dos EUA. Foram meses para o plano se concretizar.

Esse esforço envolveu equipes de analistas que chegaram a conclusões semelhantes sobre a probabilidade de Zawahiri estar de fato no local especulado. "Autorizei o ataque de precisão que o tiraria do campo de batalha. Essa medida foi cuidadosamente planejada para reduzir o risco a outros civis", declarou o presidente.

O assassinato permaneceu em segredo por 36 horas, enquanto a inteligência americana analisava membros da rede Haqqani realocar a família do líder da Al-Qaeda. As autoridades interpretaram esse movimento como uma tentativa do Taleban de omitir que escondia Zawahiri em Cabul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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EUA/CABUL/ATAQUE/AL-QAEDA/LÍDER/MORTE/HÁBITOS/ESTUDO

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