Chanceler alemão considera prolongar atividade de usinas nucleares

O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou nesta quarta-feira (3) que "poderia fazer sentido" prolongar a exploração das três últimas usinas nucleares ativas na Alemanha, país que sofre especialmente a escassez de gás russo e que teme uma crise energética.

Estas usinas "são adequadas somente para a produção de energia elétrica e apenas para uma pequena parte dela", mas "poderia faze sentido mantê-las abertas", considerou o chefe de Governo.

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A Alemanha planejava abandonar a produção de energia nuclear no final de 2022.

No entanto, a redução do fornecimento de gás russo à Alemanha trouxe de volta ao primeiro plano a questão de manter em funcionamento as últimas usinas do tipo por mais tempo que o esperado.

Berlim deve decidir nas próximas semanas sobre uma possível ampliação da vida útil das usinas, dependendo do que consideram os especialistas que analisam a situação neste momento.

Assim que os resultados do "teste de estresse" forem divulgados, "tiraremos as nossas conclusões", disse o chanceler durante uma visita a Mülheim an der Ruhr (oeste).

As três usinas nucleares ainda em operação - na Baviera, Baixa Saxônia e Baden-Württemberg - atualmente contribuem com 6% da produção líquida de eletricidade na Alemanha.

A questão da prorrogação do uso divide a coalizão do governo: os Verdes são céticos, o Partido Social-Democrata de Olaf Scholz, até agora reservado, e os liberais do FDP são a favor.

Scholz justificou as reflexões atuais sobre uma possível extensão nuclear com o fato de que o desenvolvimento de energias renováveis, que supostamente substituirão a energia nuclear e o carvão, está sendo mais lento do que o esperado e muito desigual nas diferentes regiões do país.

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