Espanha registra segunda morte de paciente com varíola do macaco, a terceira fora da África

Uma segunda pessoa com varíola do macaco faleceu na Espanha, informou neste sábado (30) o ministério da Saúde, um dia após o anúncio da primeira morte no país de uma pessoa infectada por esse vírus.

Esta é a terceira morte fora do continente africano em poucos dias autoridades científicas continuam investigando suas reais causas.

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Segundo a OMS, a Espanha é o país mais afetado pela epidemia.

"Entre os 3.750 pacientes (...) 120 casos foram internados e dois morreram", declarou o Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias em seu último relatório, publicado hoje.

Trata-se de "dois homens jovens" afetados pela "varíola do macaco", explicou o Ministério da Saúde, sem especificar a causa exata das mortes.

Autoridades afirmaram que aguardam os resultados de mais "informações epidemiológicas".

No entanto, sabe-se que a segunda vítima é um homem de 31 anos que estava internado em Córdoba, no sul do país, segundo comunicado das autoridades andaluzas.

"As amostras colhidas durante a autópsia devem permitir determinar se a causa da morte é meningoencefalite ou outra patologia", acrescentaram.

Estas são as primeiras mortes na Europa de pessoas infectadas com o vírus varíola do macaco. Na sexta-feira, o Brasil anunciou uma morte.

Não há, porém, confirmação de que esses falecimentos foram causados pelo vírus.

Com esse novo anúncio de Madri, um total de oito mortes foram registradas em todo o mundo desde maio, com as cinco primeiras relatadas na África, onde a doença é endêmica e onde foi detectada pela primeira vez em humanos em 1970.

O último relatório da OMS registra 3.738 casos na Espanha, seguido pelos Estados Unidos com 3.478 contágios.

No entanto, o Ministério da Saúde espanhol afirmou ter detectado 4.298 casos.

A maioria das contaminações está concentrada na Europa, com 70% dos 18 mil casos detectados desde o início de maio, e 25% nas Américas, segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Por outro lado, o Escritório Regional da OMS prevê um aumento do número de mortes relacionadas com a varíola do macaco, embora ressalte que as complicações graves continuam sendo pouco frequentes e, em muitos casos, a doença se cure sozinha, sem necessidade de tratamento.

O objetivo deve ser "parar rapidamente a transmissão do vírus na Europa e acabar com essa epidemia", disse Catherine Smallwood, chefe de emergências da OMS Europa.

Os primeiros sintomas são febre alta, linfonodos inchados e erupção cutânea semelhante à catapora.

Em 24 de julho, a OMS lançou a Emergência Internacional de Saúde Pública (USPPI) para fortalecer o combate à doença.

Neste momento, a OMS informou que não há vacinas para todos e recomendou que seja dada prioridade aos que correm maior risco, infectados e aos que os cuidam ou investigam a doença.

A vacinação é realizada com duas doses, com intervalo mínimo de 28 dias.

Para pessoas vacinadas contra a varíola na infância, uma dose é suficiente. Para os imunossuprimidos, é recomendada uma terceira dose.

mig/mab/eg/ap

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