Ministros de Defesa das Américas se comprometem com democracia e meio ambiente

Ministros de Defesa das Américas assinaram, nesta quinta-feira (28), um documento em que se comprometem a defender a democracia e o meio ambiente no continente, ao fim de uma conferência bianual que os reuniu em Brasília.

Representantes de 21 dos 34 países membros da Conferência de Ministros de Defesa das Américas (CMDA), incluindo os Estados Unidos, assinaram a Declaração de Brasília, em que ratificam esforços para compartilhar informações visando atenuar as mudanças climáticas.

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Também reafirmaram seu compromisso com a Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Carta Democrática Interamericana, segundo a qual os governos têm a obrigação de defender a democracia.

Declaramos nossa "intenção de continuar apoiando a preservação do meio ambiente e a resistência climática por meio da troca de experiências em mitigação climática e de adaptação aplicável ao setor", diz o documento final.

Os signatários da declaração conjunta da 15ª edição da CMDA afirmaram que seguirão "promovendo e fortalecendo a paz no hemisfério", e defenderam uma solução pacífica para os conflitos.

"Os conflitos presentes em todo mundo, como a invasão da Ucrânia e os atos de violência exercidos por grupos armados que aterrorizam a população do Haiti, não são meios legítimos para resolver disputas", argumentaram.

Também manifestaram sua preocupação com a atuação de organizações criminais transnacionais no continente, pedindo "cooperação e coordenação" entre os Estados e instituições de segurança para combatê-las.

Na abertura do encontro, na terça-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que a América está unida pela "devoção à democracia".

A declaração chega poucos dias após o lançamento da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Justiça Eleitoral, e o questionamento das urnas eletrônicas diante de embaixadores estrangeiros.

Opositores e alguns analistas estimam que a postura de Bolsonaro é parte de uma estratégia para não reconhecer uma eventual derrota e afetar o processo eleitoral.

Composta por 34 países, a CMDA reúne a cada dois anos ministros da Defesa da região para promover e compartilhar ideias e experiências em defesa e segurança.

raa/mel/ic

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