Mulher morre e corpo fica quase três anos esquecido em apartamento de Londres, no Reino Unido

O corpo de Sheila Seleoane, de 61 anos, não foi encontrado mesmo depois de vizinhos registrarem reclamações de mau cheiro à associação habitacional responsável pelo imóvel

Sheila Seleoane, de 61 anos, foi encontrada morta no início de 2022, em um apartamento em Londres, no Reino Unido. A secretária médica estava sem vida há quase três anos, mas sua história veio à tona nesta semana, em reportagens do jornal britânico The Guardian.

Segundo o periódico, Sheila não tinha amigos ou familiares próximos, e o corpo só foi encontrado depois de um alerta à Polícia local sobre danos em uma porta da varanda do apartamento. Seleoane não foi procurada nem mesmo ao parar de pagar o aluguel em 2019.

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Moradores do prédio onde a mulher vivia chegaram a registrar reclamações sobre o mau cheiro vindo do apartamento da secretária, mas a administradora do local, Peabody Trust, ignorou. O detalhamento das queixas é de que apareciam larvas e moscas vindas do apartamento em agosto de 2019. Em outubro de 2020, um vizinho descreveu o cheiro vindo do local "como de um cadáver".

No relatório do caso, a Peabody Trust disse que buscou garantir "qualquer contato" com Sheila, mas não chegaram a ir pessoalmente ao imóvel, preferindo o envio de e-mails, mensagens de texto e cartas. Ao menos 89 tentativas de contato com Sheila, entre agosto de 2019 e fevereiro de 2022, foram feitas.

O inquérito também registrou que um gerente local da Peabody havia pedido à polícia que realizasse uma verificação de bem-estar em outubro de 2020. No entanto, a polícia informou erroneamente ao gerente que os policiais “falaram com o morador [Seleoane], que estava seguro e bem” e o caso foi encerrado.

Ao The Guardian, o legista do caso, Julian Morris, disse que os arquivos médicos mostraram que a mulher sofria de uma doença inflamatória intestinal e que ela entrou em contato com seu médico sobre uma queixa no peito em agosto de 2019. Mas não havia evidências da causa da morte e ele emitiu uma conclusão aberta.

 

 

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