Bolsonaro rejeita avanço da esquerda e busca consolidar eleitorado evangélico

O presidente Jair Bolsonaro rejeitou neste sábado (9) o "socialismo" que avança na América Latina, ao participar de uma manifestação considerada o maior evento evangélico do país, que reuniu milhares de pessoas na capital paulista.

"Todos os dias quando levanto rezo um Pai Nosso... Que o nosso povo não experimente as dores do socialismo, que olhe ao nosso redor aqui na América do Sul", disse o presidente à multidão que participou da 30ª Marcha para Jesus em São Paulo.

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"Veja como vivem os nossos irmãos da Venezuela, como estamos vendo outros países como Argentina, Chile e Colômbia. Nós não queremos isso para nosso Brasil", acrescentou.

Os evangélicos representam um terço da população brasileira, o equivalente a cerca de 70 milhões de pessoas.

O voto dessa parcela, que foi fundamental para a vitória de Bolsonaro em 2018, será mais uma vez decisivo, segundo analistas, nas próximas eleições presidenciais, em que o presidente buscará a reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas.

Bolsonaro conta nesse grupo com 40% das intenções de voto, enquanto Lula soma 35%, de acordo com a última pesquisa Datafolha, de junho.

"Somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero e contra a liberação das drogas. Somos defensores da família brasileira", declarou Bolsonaro sob aplausos, destacando causas valorizadas por esse grupo religioso.

O presidente voltou a rotular a eleição como uma "guerra do bem contra o mal".

A poucos quilômetros de distância, Lula protagonizava um evento pré-campanha que reuniu centenas de apoiadores no centro da metrópole, com uma operação de segurança reforçada após um ataque com uma bomba caseira sem consequências na última quinta-feira no Rio de Janeiro.

mls/ic

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