Sindicatos de jornalistas pedem a libertação de Julian Assange

Representantes de associações e sindicatos de imprensa se reuniram nesta quarta-feira (22) em Genebra para pedir às autoridades britânicas que "libertem imediatamente e sem condições" o fundador do WikiLeaks Julian Assange.

"Pedimos que Julian Assange seja libertado, reabilitado (e) entregue a sua família, para que possa viver normalmente", disse Dominique Pradalié, presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), em coletiva de imprensa. A FIJ afirma ter 600 mil membros em mais de 140 países.

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Em 17 de junho, o governo britânico anunciou que assinou o decreto de extradição de Assange aos Estados Unidos. O australiano de 50 anos está detido na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, nos arredores de Londres, há três anos.

Assange foi processado nos Estados Unidos, onde pode ser condenado a 175 anos de prisão pela publicação em 2010 de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades do exército americano no Iraque e no Afeganistão.

Ele foi acusado nos EUA por "espionagem" em maio de 2019, com base em uma lei de 1917 que proíbe a divulgação de informações confidenciais em tempo de guerra.

"Se Julian Assange for absolvido, terão lhe tirado dez anos de sua vida", disse Pradalié.

"Seria um precedente muito perigoso para a liberdade de imprensa", afirmou Mika Beuster, copresidente do sindicato de jornalistas alemães, com 30 mil membros.

"Ao extraditar Assange, colocamos a democracia como refém", declarou Pierre Ruetschi, diretor do Clube de Imprensa suíço.

O fundador do WikiLeaks foi detido pela polícia britânica em 2019, após refugiar-se por sete anos na embaixada do Equador em Londres.

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