Justiça grega confirma prisão para afegãos condenados por incêndio em acampamento
Dois solicitantes de asilo afegãos de 18 anos, reconhecidos como culpados de incendiar o acampamento de Moria em setembro de 2020, foram condenados nesta terça-feira (7) a quatro anos de prisão por um tribunal de apelações para menores da ilha de Lesbos, na Grécia.
A corte reduziu a pena por bom comportamento. Os migrantes, que eram menores de idade quando cometeram o crime, foram condenados a cinco anos de prisão em primeira instância, em março de 2021.
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Ao término da audiência, a advogada dos jovens, Vicky Angelidou, considerou que a pena "poderia ter sido reduzida para a metade" pela "carência flagrante de provas críveis apresentadas contra eles".
Em junho de 2021, outros quatro refugiados afegãos foram condenados a dez anos de prisão por um tribunal da ilha de Chios por envolvimento no mesmo incidente.
O acampamento de Moria na ilha de Lesbos, cuja situação já era complicada antes do incêndio devido à superpopulação, às condições ruins de higiene e aos confinamentos provocados pela pandemia, foi totalmente destruído pelas chamas em dois incêndios consecutivos, nos dias 8 e 9 de setembro de 2020.
A tragédia deixou cerca de 13.000 migrantes sem abrigo e ao relento, que depois foram realocados em outro acampamento construído com urgência.
Após o veredicto, os jovens serão levados outra vez para a prisão de Avlona, perto de Atenas, um centro para menores onde estão detidos desde 19 setembro de 2020.
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