Irã retira duas câmeras da AIEA que monitoravam suas instalações nucleares

O Irã anunciou, nesta quarta-feira (8), que retirou duas câmeras de vigilância instaladas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para supervisionar suas atividades nucleares, em meio ao seu confronto com os países ocidentais e os Estados Unidos.

As duas câmaras "foram além dos compromissos do Irã sob o acordo com a AIEA", disse a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI) em comunicado, sem especificar onde estavam localizadas.

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As câmeras foram um "gesto de boa vontade" que não foi "apreciado" pela AIEA, mas considerado uma "obrigação", acrescentou a organização.

O anúncio ocorre depois que os Estados Unidos e os três países europeus que fazem parte do acordo nuclear com o Irã (Reino Unido, França e Alemanha) apresentaram uma resolução à AIEA na qual repreendem Teerã por sua falta de cooperação.

A resolução será analisada na reunião do Conselho de Governadores do órgão da ONU, que começou na segunda-feira e termina nesta sexta em Viena.

A resolução insta o Irã a "cooperar" com a AIEA e se concentra na questão dos restos de urânio enriquecido encontrados em três locais não declarados do país, segundo um relatório publicado em maio pelo órgão.

"O Irã não tem atividades nucleares ocultas nem locais não declarados. Trata-se [por parte do Ocidente] de manter a pressão máxima" sobre o país, disse nesta quarta-feira Mohammad Eslami, chefe da OEAI, citado pela agência oficial Irna.

As negociações para reativar o acordo nuclear de 2015 entre Teerã e as potências mundiais foram suspensas em março, quando pareciam estar prestes a alcançar um acordo.

Este pacto concederia um alívio das sanções ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear para garantir que não possa desenvolver uma arma nuclear, intenção que Teerã sempre negou.

pdm/pc/mar/aa

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