Petróleo fecha acima dos US$ 110 o barril

Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta sexta-feira (13), com os dois barris de referência cotados acima dos 110 dólares, impulsionados pelas perspectivas de uma flexibilização dos confinamentos em Xangai e o projeto de embargo europeu sobre o petróleo russo.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em julho subiu 3,81% a 111,55 dólares.

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Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho subiu 4,10% a 110,49 dólares.

A perspectiva de uma flexibilização das restrições sanitárias em Xangai, segundo algumas versões da imprensa, impulsionou os preços.

Cerca de 50 novos casos de covid foram detectados em Pequim segundo dados oficiais, mas aparece uma queda em Xangai, onde as autoridades da cidade, segundo a NBC News, sugeriram que os contágios poderiam terminar no fim da próxima semana.

A cidade mais populosa da China, com 25 milhões de habitantes, está em confinamento há semanas.

"A China fala em reabrir Xangai talvez em 20 de maio", comemorou Phil Flynn, da Price Futures Group.

"Quando acreditávamos que o confinamento ia durar, o mercado vê estas informações como um sinal de uma mudança de direção. Isso significaria um salto importante da demanda de petróleo em um mercado (com oferta) já estreita", acrescentou.

Outro fator que pesou no aumento dos preços é o projeto de embargo da União Europeia sobre o petróleo russo, atualmente em discussão.

É necessária a unanimidade dos 27 Estados-membros para que seja aprovado e por enquanto está bloqueado pela Hungria, dependente do petróleo e do gás russos.

"Há sinais de que avançam e isso sustentou os preços" também, disse Phil Flynn.

Para Louise Dickson, analista da Rystad Energy, "um embargo da UE, se for adotado plenamente, poderia deixar cerca de 3 milhões de barris diários de petróleo cru russo fora do circuito, o que perturbará completamente - e a longo prazo modificará - os fluxos comerciais mundiais, provocando pânico no mercado e uma volatilidade extrema dos preços".

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