EUA afirma que de modo algum convidará o governo de Maduro à Cúpula das Américas
Os Estados Unidos garantiram nesta quinta-feira (26) que em hipótese alguma convidarão representantes do governo venezuelano de Nicolás Maduro para a Cúpula das Américas, marcada para o próximo mês em Los Angeles.
"Absolutamente não. Não o reconhecemos como um governo soberano", disse o coordenador da Cúpula Kevin O'Reilly a um comitê do Senado quando questionado sobre o envolvimento do governo Maduro.
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Os Estados Unidos consideram o governo de Maduro ilegítimo e reconhecem o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino.
Consultado sobre a eventual participação na cúpula do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, acusado de um crescente autoritarismo, O'Reilly também foi decisivo. "Não", afirmou.
Ele foi menos contundente ao responder perguntas sobre a possível participação de representantes do governo cubano. Disse que a Casa Branca está encarregada do assunto, mas que ele saiba, nenhum convite foi enviado ainda.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, anunciou na quarta-feira que não participará "de forma alguma".
O presidente dos EUA, Joe Biden, quer que a Cúpula das Américas promova a democracia na América Latina e gere maior cooperação em questões de migração, uma prioridade para os Estados Unidos.
Mas vários países liderados pelo México ameaçaram boicotar a cúpula ou recuar se os Estados Unidos não convidarem todas as nações do hemisfério.
O'Reilly disse que o governo está "em diálogo constante" com o México, depois que o presidente Andrés Manuel López Obrador disse que não comparecerá "a menos que todos sejam convidados".
"Certamente estamos conversando com o governo mexicano e todos os governos da região sobre estrutura e organização", disse O'Reilly.
O governo Biden também indicou que planeja convidar grupos da sociedade civil da América Latina para a reunião.
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