Biden propõe ajuda de 33 bilhões à Ucrânia e mira oligarcas russos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai propor, nesta quinta-feira (27), um enorme pacote de 33 bilhões de dólares para armar e apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, além de usar os bens confiscados dos oligarcas russos para compensar o país invadido.

Biden anunciará seu pedido ao Congresso em declarações na Casa Branca.

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A maior parte do enorme novo pacote serão os "20 bilhões de dólares em assistência militar e de segurança", que permitirá que "armas e munições cheguem ao povo ucraniano", disse a jornalistas um alto funcionário americano.

Outros 8,5 bilhões de dólares "ajudarão o governo da Ucrânia responder a crise imediata", enquanto se pedem 3 bilhões de dólares para financiar a assistência humanitária e enfrentar a comoção mundial em relação ao preço do fornecimento de alimentos resultante da invasão russa à Ucrânia, um importante exportador de trigo.

O pacote proposto também inclui financiamento para abordar as perturbações econômicas nos Estados Unidos e em outros lugares, que vão desde o impacto no fornecimento de alimentos até a disponibilidade de componentes importantes utilizados na fabricação de alta tecnologia.

"A solicitação de financiamento do presidente é o que cremos ser necessário para permitir o êxito da Ucrânia durante os próximos cinco meses desta guerra. E temos todas as expectativas de que nossos sócios e aliados, em particular os do G7, assim como muitos outros países, continuem enviando níveis comparáveis de assistência", disse o alto responsável, que falou sob condição de anonimato.

Apesar dos republicanos e do Partido Democrata de Biden apontarem que desejam seguir apoiando a Ucrânia, uma disputa sobre o pedido de bilhões de dólares em novos fundos para conter a pandemia de covid, não relacionada com o tema da guerra, ameaça complicar o processo de aprovação legislativa.

Em paralelo à assistência militar, que começou com armas de infantaria em sua maioria defensivas, mas agora inclui artilharia pesada e aviões não tripulados, Washington lidera a imposição de uma bateria de sanções ocidentais para isolar a Rússia e pressionar o presidente Vladimir Putin.

Biden também está aumentando a pressão sobre os bilionários oligarcas que são objeto de fortes sanções por apoiar Putin.

Segundo sua proposta ao Legislativo, "os ganhos das propriedades cleptocráticas confiscadas" serão utilizados para compensar a Ucrânia pelos "danos da agressão russa", disse a Casa Branca em um comunicado.

Até a data de hoje, os aliados da União Europeia congelaram mais de 30 bilhões de dólares em ativos russos, incluídos quase sete bilhões de dólares em bens de luxo pertencentes aos oligarcas, entre eles, iates, obras de arte, propriedades e helicópteros, disse o Executivo americano.

Os Estados Unidos têm "sancionado e bloqueado embarcações e aeronaves no valor de mais de 1 bilhão de dólares, assim como congelado centenas de milhões de dólares em ativos pertencentes às elites russas em contas americanas", disse o comunicado.

Uma das últimas apreensões foi a de um super iate de 90 milhões de dólares de propriedade do multimilionário russo Víctor Vekselberg.

O pacote legislativo proposto por Biden reforçaria também a pressão legal sobre os oligarcas que tanto buscam ocultar seus ativos.

Uma proposta é permitir a apreensão dos bens utilizados para driblar as sanções. Outra é ampliar o arsenal utilizado pelos procuradores dos EUA, duplicando a quantidade de tempo que é permitido realizar investigações de lavagem de dinheiro de cinco para 10 anos e aplicando leis anti-extorsão utilizadas para o crime organizado para a evasão de sanções.

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