Pedidos de justiça durante funeral de um jovem negro morto pela polícia nos EUA

O funeral de um jovem negro assassinado no início de abril por um policial branco aconteceu nesta sexta-feira (22) em Grand Rapids, Michigan, em meio a pedidos de justiça e que seja revelado o nome do agente envolvido no crime.

"Isso não pode parar hoje (...) Temos que lutar por ele", exclamou o reverendo Al Sharpton, uma figura da comunidade negra na luta pelos direitos civis, enquanto fazia a oração fúnebre de Patrick Lyoya, como fez em 2020 por George Floyd, um afro-americano também morto por um policial branco.

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Lyoya, um congolês de 26 anos, foi morto durante uma blitz de trânsito em uma rodovia de Grand Rapids, em 4 de abril. Ele se junta a uma longa lista de negros mortos a tiros por policiais nos Estados Unidos.

A Polícia divulgou quatro vídeos dos fatos, mostrando em particular o motorista e o agente brigando no chão. Em uma das filmagens, o agente aparece deitado sobre as costas de Patrick Lyoya, antes de atirar nele, provavelmente na cabeça.

Sharpton também pediu ao Departamento de Polícia de Grand Rapids que divulgasse o nome do policial envolvido, que está em licença administrativa enquanto aguarda os resultados da investigação da Polícia Estadual de Michigan.

"Como ousam manter o nome da pessoa que matou este homem em segredo? Queremos seu nome", disse ele a um público de quase mil pessoas.

"Estamos em Michigan em 2022 ou Mississippi em 1952?", clamou o reverendo, referindo-se ao antigo estado segregacionista no sul do país.

A cerimônia, transmitida ao vivo pelo jornal local Detroit Free-Press, aconteceu em uma igreja em Grand Rapids, a segunda maior metrópole de Michigan.

Colocado em frente ao púlpito da igreja, o caixão, com a parte superior aberta mostrando o corpo de Patrick Lyoya, foi coberto na parte inferior com a bandeira da República Democrática do Congo.

A sociedade americana foi abalada nos últimos anos pelas mortes de homens negros nas mãos da polícia, principalmente depois que um oficial branco de Minneapolis se ajoelhou no pescoço do afro-americano George Floyd em 2020.

As imagens da morte de George Floyd depois de ter dito várias vezes que não conseguia mais respirar chocaram o mundo. Seu nome se tornou, junto com outros, um emblema do movimento Black Lives Matter durante as grandes manifestações antirracistas de 2020.

rle/seb/dg/llu/ap

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