Arcebispo de Canterbury critica plano do Reino Unido de enviar refugiados para Ruanda

O líder da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, criticou neste domingo (17) o plano do governo britânico de enviar solicitantes de asilo para aguardar seu processo em Ruanda.

Esse anúncio feito durante a semana recebeu críticas de organizações de direitos humanos e até da ONU.

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Welby, que é o arcebispo de Canterbury, o clérigo mais antigo da Igreja da Inglaterra, juntou-se às críticas em sua mensagem de Páscoa. O líder religioso afirmou que esta proposta levanta "sérias e graves questões éticas".

"O princípio deve suportar o julgamento de Deus e não o faz", disse Welby.

O clérigo afirmou que um país como o Reino Unido, formado com base em valores cristãos, não pode "terceirizar suas responsabilidades, mesmo para um país como Ruanda que tem boas intenções".

"Isso é o oposto da natureza de Deus", afirmou.

Quando revelou o plano na semana passada, o primeiro-ministro Boris Johnson já havia sugerido que sua proposta poderia enfrentar desafios legais.

Mas o ministério do Interior, encarregado de implementar a política, argumentou que o atual sistema do Reino Unido "está quebrado" diante de pressões migratórias sem precedentes.

Ruanda receberá inicialmente 120 milhões de libras (157 milhões, 144 milhões de euros) para acolher solicitantes de asilo e migrantes e dar-lhes um caminho legal para a residência.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) criticou o plano como uma "violação hedionda do direito internacional".

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