David Cronenberg, James Gray e os irmãos Dardenne no 75º Festival de Cinema deCannes

O cineasta canadense David Cronenberg, o americano James Gray, os irmãos belgas Dardenne e o russo Kirill Serebrennikov, atualmente no exterior, disputarão a Palma de Ouro no 75º Festival de Cannes, anunciou o delegado geral do concurso, Thierry Fremaux.

Um total de 18 filmes participam da seleção oficial do festival, que acontece de 17 a 28 de maio, informou nesta quinta-feira (14) em coletiva de imprensa seu delegado geral, Thierry Frémaux.

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Nenhum filme ibero-americano disputa este ano o prêmio máximo, depois de uma discreta participação no ano passado, com menos de dez criações em todas as categorias.

Mais de 2.000 filmes candidatos foram submetidos à seleção oficial para um concurso que aos poucos volta à normalidade, após dois anos de pandemia.

A cineasta francesa Claire Denis está apresentando "Stars at Noon", um filme ambientado na América Central, explicou Frambux.

Da Costa Rica, o filme "Domingo y la niebla" do jovem autor Ariel Escalante, concorre na seção "Um Certo Olhar".

O cinema espanhol, que ganhou um Urso de Ouro no recente Festival de Berlim ("Alcarràs" de Clara Simón), está ausente do festival de cinema mais importante do mundo.

Algo incomum, a seleção de filmes foi apresentada antes do júri, cuja composição permanece em suspense.

O mundo do cinema ainda está se recuperando da pandemia global, reconheceu Frambux. "O cinema tem de se reerguer", pediu o responsável pelo concurso, que garantiu que cerca de 35 mil pessoas foram credenciadas para este festival, quase o dobro do ano passado.

O festival vai soprar oficialmente suas 75 velas com um ato especial no dia 24 de maio. "Não se trata necessariamente de celebrar seu passado (...), mas de celebrar igualmente o presente e o futuro", disse Frambux.

Cinco diretores já coroados disputam novamente a Palma de Ouro.

Cronenberg, diretor especializado em filmes de terror e ficção científica, apresenta "Crimes of the Future", com Viggo Mortensen, Léa Seydoux e Kristen Stewart.

Como previsto, Cannes se posicionou sobre a guerra na Ucrânia, particularmente com o convite a Serebrennikov, um diretor iconoclasta, conhecido por suas criações teatrais, atualmente fora do país.

O diretor russo, em competição pela terceira vez em Cannes depois de "A Febre de Petrov" e "Verão", está de volta com "Zhena Tchaikiovskogo", um filme histórico sobre a esposa do compositor Pyotr Tchaikovsky.

Serebrennikov foi condenado em junho de 2020 a três anos de prisão por desvio de dinheiro, acusação que sempre negou.

Depois de receber uma redução de pena, ele deixou "legalmente" o país, disse à AFP no início deste mês.

Serebrennikov também foi convidado a abrir o Festival de Teatro de Avignon (sudeste da França) em julho.

Dois cineastas ucranianos também estarão presentes, fora de competição: o mestre Sergei Loznitsa, por "The Natural History of Destruction", em sessão especial, e um desconhecido, Maksim Nakoneshnyi, com "Bachennya Metelyka", na seleção "Um Certo Olhar".

Cannes também dá espaço ao cinema de autor.

Os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, veteranos de Cannes, apresentam "Tori et Lokita", Gray (autor de "Ad Astra") retorna com "Armaggedon Time", com uma história concentrada no pai do ex-presidente Donald Trump estrelado por Anthony Hopkins e Anne Hathaway.

O sul-coreano Park Chan-wook compete com "Haeojil Gyeolsim Park" e o egípcio Tarik Saleh com "Boy from Heaven".

Os amantes de filmes espetaculares vão se deliciar com "Top Gun: Maverick", estrelado pelo astro americano Tom Cruise, e "Elvis", o mais recente filme do diretor australiano Baz Luhrmann ("Moulin Rouge").

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