Palestino morre em operação do exército israelense em campo de refugiados de Jenin

Um palestino morreu e vários ficaram feridos, neste sábado (9), em tiroteios registrados durante uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, de onde era procedente o autor do ataque de quinta-feira em Tel Aviv, informaram fontes militares e palestinas.

"Um jovem foi morto a tiros em Jenin", disse o ministério palestino da Saúde. O exército israelense confirmou à AFP que está realizando uma operação nesse campo, considerado um dos bastiões dos movimentos armados palestinos na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O exército indicou que "atiradores dispararam contra as forças armadas e contra a polícia de fronteira que faziam uma operação no campo de refugiados de Jenin".

"Em resposta, as tropas dispararam contra os atiradores", indicaram as forças de Israel, que não reportaram nenhum ferido entre os seus soldados.

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennet, deu carta branca, na sexta-feira (8), às forças de segurança para "derrotar" a nova onda de "terror" no país, após o ataque de quinta-feira (7) em Tel Aviv, que deixou três israelenses mortos e dez feridos.

Depois de uma perseguição que durou a noite inteira, as forças israelenses mataram o agressor em um tiroteio. Trata-se de Raed Hazem, de 28 anos, um palestino sem militância conhecida, segundo a inteligência israelense, e que era natural de Jenin.

"Quem tenha ajudado (o atirador), direta ou indiretamente, vai pagar o preço", advertiu Bennet, ordenando o fechamento do ponto de controle de Jalamah, que une a região de Jenin a Israel para "reduzir os movimentos" no local.

O ataque em Tel Aviv foi celebrado pelos grupos palestinos Jihad Islâmico e Hamas, dois dos principais movimentos islamitas armados, mas foi condenado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e pelo chefe do partido laico Fatah.

Fontes palestinas confirmaram que o pai do atirador é um oficial aposentado das forças de segurança palestinas.

A imprensa israelense informou que Israel pediu aos Estados Unidos que pressionem a Autoridade Palestina para que suspenda o pagamento de sua aposentadoria.

Essa operação em Jenin é a segunda do exército em uma semana neste acampamento.

Na semana passada, após outro sangrento ataque em uma cidade ultraortodoxa judaica ao redor de Tel Aviv, em que faleceram cinco pessoas, o exército israelense realizou uma operação semelhante em Jenin, de onde também era oriundo o agressor.

Ao menos três combatentes do movimento armado palestino Jihad Islâmica morreram nos tiroteios com o exército de Israel no campo de refugiados dessa localidade palestina.

Há 20 anos, Jenin foi cenário de uma grande ofensiva israelense, em plena segunda intifada palestina e após sangrentos atentados contra Israel. Ao menos 53 palestinos, a maioria deles civis, e 23 soldados israelenses morreram após 10 dias de combate.

gl/bfi/bl-an/es/dd/mvv

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

palestinos conflito Israel

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar