Primeiro-ministro israelense dá 'liberdade de ação' a forças de seguranças após ataques

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennet, anunciou, nesta sexta-feira (7) que dava "liberdade total de ação" às forças de segurança "para derrotar o terror", após o último ataque de uma série que deixou dois mortos quando um palestino abriu fogo em uma região boêmia de Tel Aviv.

"Não há nem haverá limites para esta guerra", disse o líder israelense em um discurso público em Tel Aviv horas depois do ataque.

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"Estamos concedendo liberdade total de ação ao Exército, ao Shin Bet (serviço de inteligência interna) e a todas as forças de segurança para derrotar o terror", acrescentou.

Depois de horas de buscas com centenas de agentes, a polícia israelense matou, nesta quinta-feira (7), um palestino que perpetrou um ataque com duas vítimas mortais em Tel Aviv no dia anterior (6).

O homem, um palestino da Cisjordânia ocupada, segundo a polícia, foi morto próximo a uma mesquita na região de Jafa, a poucos quilômetros do local do ataque que provocou cenas de pânico no coração da cidade.

Na quinta, por volta das 21:00 locais (15:00 de Brasília), o homem abriu fogo na rua Dizengoff, uma das principais vias dessa cidade costeira conhecida pelos seus cafés, bares e restaurantes. O atirador conseguiu fugir e a polícia enviou até 1.000 agentes de segurança à região para encontrá-lo.

As duas vítimas assassinadas são Tomer Morad e Eytam Magini, dois jovens de 27 anos que eram amigos de infância originários de Kfar Saba, informou o prefeito.

"Há um ambiente de guerra, com soldados e policiais por todas as partes (...), revistaram o restaurante, há pessoas chorando e pessoas que correm por toda a parte", contou à AFP Benjamin Blum, empregado de um estabelecimento próximo do lugar onde o ataque foi perpetrado.

Dror Yeheskel, de 39 anos, tomava uma bebida com um amigo nessa rua quando começaram os disparos.

"As pessoas começaram a correr em direção ao restaurante gritando 'há um terrorista'. Corremos para dentro do restaurante. Entre a multidão, as pessoas caíam. O pessoal nos empurrou até a cozinha. Estávamos amontoados e em pânico", relatou à AFP.

O hospital Ichilov de Tel Aviv indicou que, ao menos, quatro pessoas estavam em "estado grave". "Há pessoas com feridas graves, sobretudo no peito, no abdômen e alguns no rosto", declarou à AFP o diretor da instituição, Ronni Gamzu

Segundo o Shin Beth, o assaltante tinha 28 anos e se chamava Raed Hazem.

É um palestino "sem afiliação conhecida" a uma facção armada e originário de Jenin, no norte da Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou o "ataque terrorista" e assegurou que estavam em "contato regular com seus sócios israelenses, com quem se posicionam contra o terrorismo sem sentido e a violência".

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