Lula nomeia Alckmin como seu companheiro de chapa nas eleições presidenciais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, nesta sexta-feira (8), Geraldo Alckmin como seu candidato a vice-presidente na chapa que provavelmente vai liderar nas eleições de outubro contra o presidente Jair Bolsonaro.

A escolha de Alckmin, ex-adversário político de Lula, marca uma aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente, e do Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual o ex-governador de São Paulo se filiou recentemente.

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"Precisamos da experiência do Alckmin e da minha para consertar o Brasil", declarou Lula à imprensa durante um evento em São Paulo.

"Tenho certeza de que o Partido dos Trabalhadores irá aprovar o seu nome como candidato a vice", disse o ex-metalúrgico.

O cenário da eleição presidencial já se mostra polarizado entre Lula, que lidera as intenções de voto, e Jair Bolsonaro, sem uma "tercera via" forte.

O ex-presidente ainda não confirmou sua candidatura para buscar um terceiro mandato, mas tem se mostrado cada vez mais inclinado nessa direção durante a pré-campanha.

O prazo oficial para registrar as candidaturas começa depois de 20 de julho.

Alckmin, co-fundador do PSDB de Fernando Henrique Cardoso e membro do PSB desde março, enfrentou Lula nas eleições de 2006 e perdeu por uma margem ampla no segundo turno.

Hoje, após ser governador de São Paulo entre 2001-2006 e 2011-2018, é a aposta de Lula para ampliar sua base eleitoral.

Alckmin, de 69 anos, prometeu "somar esforços" para "reconstruir" e "redemocratizar" o país, "frente a um governo que atenta contra a democracia e contra as instituições".

O pré-candidato a vice poderia ajudar a atrair eleitores do centro e muitos descontentes com os escândalos de corrupção que marcaram os últimos do PT no poder (2003-2016).

"É plenamente possível duas forças com projetos diferentes, mas com princípios iguais, se juntarem em um momento de necessidade do povo", justificou Lula, que destacou a rivalidade civilizada do passado.

"Hoje temos uma política de ódio, em que o adversário é inimigo, em que o adversário não é pra ser vencido, é pra ser abatido", lamentou Lula, em alusão ao governo de Bolsonaro.

"Essa chapa" entre os dois políticos, "se for formalizada, não é só para disputar as eleições. Talvez ganhar seja mais fácil do que a tarefa pela frente de recuperar esse país", acrescentou.

Uma pesquisa do Datafolha publicada em março indicou que o ex-presidente lidera a disputa pelo Palácio do Planalto com 43% das intenções de voto no primeiro turno, em 2 de outubro, seguido de Bolsonaro, com 26%.

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Brasil política eleições

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