OMS pede acesso humanitário à cidade ucraniana de Mariupol
A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu, nesta quinta-feira (7), acesso humanitário ao porto ucraniano de Mariupol, cercado pelas forças russas, e voltou a condenar as agressões contra o sistema de saúde da Ucrânia, alvo de 91 ataques confirmados.
"A OMS conseguiu entregar material que permite salvar vidas em várias zonas afetadas, mas é verdade que em algumas continua sendo muito difícil", reconheceu o diretor do braço europeu desta agência da ONU, Hans Kluge, em uma coletiva de imprensa realizada em Lviv, no oeste da Ucrânia.
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"Penso que a prioridade é, claramente, Mariupol", afirmou.
Há semanas, o Exército russo e seus aliados separatistas do leste da Ucrânia mantêm este estratégico porto sitiado e enfrentam uma resistência sangrenta.
Segundo a organização e autoridades locais, a situação humanitária em Mariupol é catastrófica, e a cidade se encontra, praticamente, em ruínas. Existe uma grande preocupação com o destino de seus habitantes, uma população de 400.000 pessoas até a invasão russa.
Na quarta-feira (6), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de bloquear o acesso humanitário à cidade para ocultar "milhares" de vítimas.
Até o momento, a OMS "conseguiu entregar 185 toneladas de material médico nas zonas mais afetadas do país, o que permitiu alcançar meio milhão de pessoas", relatou Kluge.
A OMS também elevou para 91 o número de ataques confirmados contra o sistema de saúde ucraniano, que atingiram, entre outros, hospitais, ambulâncias e equipes médicas.
"É, claramente, uma violação do direito humanitário internacional", lamentou Kluge.