Nas negociações, Ucrânia pede fim das hostilidades à Rússia

As autoridades ucranianas pediram à Rússia, nesta quinta-feira (7), que "reduza sua hostilidade" nas negociações, depois de Moscou ter acusado seus interlocutores de modificarem as propostas feitas durante a reunião realizada no final de março, na Turquia.

"Se a Rússia quer mostrar que está pronta para o diálogo, deve reduzir sua hostilidade", declarou no Twitter Mikhailo Podoliak, assessor do presidente Volodymyr Zelensky que integra a delegação ucraniana nessas discussões.

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Segundo Moscou, Kiev mudou de ideia e modificou algumas de suas propostas apresentadas no encontro de Istambul, então recebidas favoravelmente por Moscou.

"Esta incapacidade de se encontrar, mais uma vez, um acordo negociado mostra as verdadeiras intenções de Kiev, que parece trabalhar para que as negociações se arrastem, ou fracassem", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em um vídeo.

Ontem, criticou Lavrov, os negociadores ucranianos "apresentaram um projeto de acordo, no qual está claro que recuaram nos pontos mais importantes pactados em 29 de março em Istambul".

Segundo o chanceler russo, no referido texto, os ucranianos haviam excluído a península da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - das garantias de segurança e de integridade territorial reivindicadas por Kiev. Em um novo documento apresentado na quarta-feira, porém, este ponto desapareceu.

O ministro russo disse que as autoridades ucranianas agora pedem que os presidentes de ambos os países negociem, diretamente, a questão da Crimeia e do Donbass. Esta última é uma região no leste da Ucrânia, na qual separatistas pró-Rússia e forças armadas controladas por Kiev se enfrentam desde 2014.

Lavrov afirmou ainda que o governo ucraniano também mudou de posição em relação a um ponto, segundo o qual a Rússia poderia se opor a qualquer manobra militar envolvendo tropas estrangeiras em território ucraniano.

"Com tudo isso, vemos que o regime de Kiev está controlado por Washington e por seus aliados, que pressionam o presidente (ucraniano Volodymyr) Zelensky a levar os combates adiante", completou Lavrov.

bur-rbj/tbm/at/bl/an/tt

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conflito Russia diplomacia Ucrania

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