Artistas opositores podem pegar 10 e 7 anos de prisão em Cuba
O Ministério Público de Cuba pedirá 10 e sete anos de prisão, respectivamente, para os artistas opositores Luis Manuel Otero Alcántara e Maykel Castillo (Osorbo), que estão presos há vários meses, segundo informação publicada, nesta quinta-feira (7), no perfil do Facebook do segundo.
"Depois de quase um mês de abertura do processo, saem os pedidos dos promotores para Maykel e Luis. Para Maykel pedem dez anos, e Luis, sete", diz o texto publicado no perfil de Castillo, coautor da canção "Patria y Vida".
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Os pedidos do MP foram confirmados no Twitter pela ativista opositora Anamely Ramos, que foi impedida pelas autoridades cubanas de entrar no país em fevereiro, quando pretendia retornar de uma viagem de estudos no México. "Eles são inocentes e não deveriam passar nem mais um minuto na prisão", afirmou Ramos.
Otero Alcántara é acusado de crimes como incitação para delinquir, desacato agravado e desordem pública, que as autoridades afirmam que ele teria cometido antes de 11 de julho do ano passado, data em que foi detido quando tentava se juntar aos protestos históricos que sacudiram o país.
Declarado prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional (AI), o artista é um dos fundadores do Movimento San Isidro, um grupo criado em 2018 em resposta ao polêmico decreto oficial que regulamenta o trabalho dos artistas.
Castillo, por sua vez, está preso desde 18 de maio de 2021, acusado "de atentado, desordem pública e de ajudar na fuga de presos", segundo relatou em junho o portal oficial Cubadebate, citando fontes do Ministério do Interior.
Osorbo é coautor e também interpreta a música de protesto "Patria y Vida", que se tornou o "hino" das manifestações de julho.
O governo dos Estados Unidos vem exigindo insistentemente que Havana coloque os dois artistas em liberdade.
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