Para além de Macron, Le Pen e Mélenchon, os outros candidatos da disputa presidencial na França

As mais recentes pesquisas de intenção de voto indicam que o atual presidente da França, o centrista Emmanuel Macron, será reeleito, superando seus principais rivais - a ultradireitista Marine Le Pen e o esquerdista Jean-Luc Mélenchon -, assim como outros nove candidatos que também sonham em chegar ao Palácio do Eliseu.

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O candidato do Reconquista! foi a grande novidade da campanha e seu discurso de extrema-direita é mais radical que o de Le Pen. Com uma visão liberal sobre a economia, sua plataforma inclui medidas como a "remigração", que busca expulsar um milhão de estrangeiros em cinco anos.

O ex-comentarista de 63 anos vai mais longe em questões como a "identidade". Equipara, por exemplo, Islã (a religião muçulmana propriamente dita) à sua visão e entendimento ideologizado do Islamismo como uso da referida religião como arma política e para prática terrorista. Também propõe um referendo para impedir que os recém-nascidos tenham um primeiro nome de origem estrangeira. Aparece com 9% das intenções de voto, conforme as últimas sondagens.

Ex-ministra do presidente conservador Nicolas Sarkozy (2007-2012), a candidata dos Republicanos (direita tradicional) não consegue se impôr na campanha, angariando 8% das intenções de votos.

A presidente da região administrativa de Paris, de 54 anos, promete que vai pôr ordem "nas contas públicas e nas ruas", com mão firme em temas de segurança e com uma política econômica liberal.

O eurodeputado ecologista, de 54 anos, tem cerca de 5%. Seu programa de 120 propostas vincula estreitamente as medidas ambientais, econômicas, sociais e internacionais.

Este ex-diretor da ONG Greenpeace, de esquerda e com um posicionamento pró-europeu defende uma linha pragmática da ecologia: quer fechar diversas centrais nucleares até 2035, criar um imposto "climático" sobre fortunas e aumentar em 10% o salário mínimo.

Em sua segunda campanha presidencial, este antigo pastor do sudeste da França, de 66 anos, estabelece seu amado mundo rural como a "grande causa nacional" de seu projeto.

Seu lema é "A França autêntica". O candidato do Resistamos!, que se apresenta como o porta-voz do mundo rural, pontua em 3% dos votos.

Uma das surpresas da campanha, o candidato do Partido Comunista aparece agora com 2,5% dos votos. Este antigo jornalista, de 53 anos, propõe um programa de "dias felizes" a favor do emprego e da melhoria do poder aquisitivo, assim como do rompimento com os tratados europeus. Também rejeita "uma França que promete austeridade".

Roussel se distingue do esquerdista Mélenchon nos seguintes temas: energia nuclear, defendida pelo comunista; laicismo; e segurança.

A campanha da prefeita de Paris naufraga nos 2% das intenções de voto. Um revés para os socialistas que estiveram na Presidência do país há cinco anos, antes da eleição de Macron, com François Hollande.

Nascida no sul da Espanha, a candidata, de 62 anos, quer responder a "emergência social, ecológica e democrática" com um programa baseado no ganho de poder aquisitivo, com aumento salarial, e em melhorias no trabalho e na educação.

Este "soberanista" de 61 anos, que se apresenta como "herdeiro" das ideias do general Charles de Gaulle, obteria 2% dos votos, menos da metade de seu resultado em 2017.

O candidato do França de Pé sonha com um país "independente" e pede que votem pela "liberdade", com um projeto que rompe com os fundamentos da União Europeia. Propõe um referendo para abandonar a UE.

O trotskista de 55 anos, que participa pela terceira vez da corrida presidencial, defende um projeto destinado a pôr "os capitalistas fora do jogo" e busca confrontar o "presidente dos ricos", em referência a Emmanuel Macron.

Diante da "urgência anticapitalista", esse ex-operário advoga a expropriação de grandes empresas, como as farmacêuticas e as multinacionais que "roubam as riquezas em todo mundo". O candidato do Novo Partido Anticapitalista (NPA) recebe 1,5% das intenções de voto.

Esta defensora de um "comunismo revolucionário" baseado em "lutas coletivas" lidera um projeto político contra os patrões e a favor dos "trabalhadores". Sua intenção de voto é de 0,5%.

A candidata da Luta Operária, de 53 anos, investe contra a "dominação" do capitalismo e defende o fim dos sigilos bancário, industrial e comercial a favor de uma transparência total das empresas.

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