Rivais de Macron pela presidência buscam o impulso decisivo

Os principais rivais do mandatário Emmanuel Macron na eleição presidencial se reuniram neste domingo (27) em comício na França com a esperança de conseguir o impulso necessário que os leve ao segundo turno, a duas semanas do primeiro turno.

Com 28,5% das intenções de voto, segundo uma pesquisa recente da Ipsos/Sopra Steria para o jornal Le Parisien, a grande incógnita para o próximo 10 de abril será saber quem disputará com Macron a presidência suas semanas depois.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Como em 2017, a principal rival do liberal é a ultra-direitista Marine Le Pen (17,5%), seguida do esquerdista Jean-Luc Mélenchon (14,5%), de Éric Zammour (11%, extrema-direita) e de Valérie Pécresse (10%, direita), segundo a pesquisa.

Os candidatos deram o seu melhor, neste domingo, em face à reta final. Como em 2017, Mélenchon reuniu milhares de pessoas em Marselha (sul) - 35.000, segundo a organização -, assim como Éric Zemmour, em Paris.

"Desta vez se sintam como eu, não sabemos o por quê, de repente nos dizemos: 'Vamos conseguir'", disse Mélenchon na segunda maior cidade da França, instando a votarem nele desde o primeiro turno para impedir que a extrema-direita chegue ao poder.

O esquerdista se apresenta como o "voto útil" de uma esquerda vaporizada e o defensor do poder aquisitivo, em um contexto de alta inflação. Também propõe adiantar a 60 anos de idade a aposentadoria, que Macron quer retardar para os 65.

"O grande problema para Jean-Luc Mélenchon é que existe uma candidatura comunista que não existia em 2017", estima o cientista político da Sciences Po, gaspard Estrada, para quem isso poderia impedi-lo de chegar ao segundo turno, em benefício de Le Pen.

Com 3,5% de intenção de voto, o comunista Fabien Roussel, elevou o tom contra os patrões, neste domingo, em Tolouse, um tradicional bastião da esquerda, enquanto que o ecologista Yannick Jadot (6%) criticava os "lobbies" em um comício em Paris.

burs-tjc/mb/dd

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

eleições Francia política

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar