Ofensiva russa na Ucrânia "está estagnada", diz chanceler alemão

A ofensiva russa na Ucrânia "está estagnada, apesar de toda destruição que provoca dia após dia" - disse o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, nesta quarta-feira (23).

A "verdade é que a guerra destrói a Ucrânia, mas, com esta guerra, [Vladimir] Putin também destrói o futuro da Rússia", acrescentou o chanceler alemão no Bundestag, acrescentando que Kiev pode "contar com a ajuda" da Alemanha.

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"As imagens que nos chegam todos os dias da Ucrânia são difíceis de suportar: casas destruídas, hospitais bombardeados, cidades sitiadas, soldados mortos e cada vez mais civis mortos e feridos, mulheres e crianças fugindo com o pouco que conseguiram levar frente aos tanques e mísseis de Putin", declarou Scholz, abalado.

"Está claro que os refugiados são bem-vindos aqui", disse ele.

A Alemanha já recebeu oficialmente mais de 232.000 ucranianos.

Scholz afirmou, porém, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não estará diretamente envolvida no conflito.

"Por mais difícil que seja, não cederemos às exigências de uma zona de exclusão aérea. A Otan não participará da guerra", frisou.

Ele também não acredita que a Alemanha, que deve restringir sua dependência energética da Rússia, vá renunciar no curto prazo ao fornecimento de gás, ou de petróleo, deste país.

"Fazer isso de um dia para o outro significaria mergulhar nosso país e toda Europa em uma recessão", advertiu.

"Centenas de milhares de empregos se veriam ameaçados. Setores industriais inteiros teriam problemas", completou, insistindo em que "as sanções não devem atingir os Estados europeus mais fortemente do que atingem os dirigentes russos".

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