Secretário-geral da ONU diz que guerra da Ucrânia é "impossível de ganhar"

A Ucrânia não pode ser conquistada "casa por casa", alertou o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, na terça-feira (22), pedindo que os combates parem e que "se dê uma chance à paz".

"Esta guerra é impossível de vencer", disse ele a repórteres na sede do órgão mundial em Nova York, "mais cedo ou mais tarde, terá que passar do campo de batalha para a mesa da paz" disse.

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"É hora de parar com essa guerra absurda, o bombardeio de hospitais, escolas, prédios residenciais e abrigos", disse ele, alertando que "a Ucrânia não pode ser conquistada cidade por cidade, rua por rua, casa por casa", relacionando com a cidade de Mariupol, que foi bombardeada e amplamente destruída pelas forças russas.

Guterres considerou que a guerra "não vai a lugar nenhum, rápido".

Além do "inferno" que os ucranianos estão vivendo - 10 milhões de pessoas foram deslocadas em menos de um mês de conflito - "as consequências estão sendo sentidas em todo o mundo com os preços dos alimentos, energia e fertilizantes devido as nuances que ameaçam desencadear uma crise de fome mundial", afirmou.

Nesta quarta-feira, uma reunião especial da Assembleia Geral da ONU foi convocada por um grupo de países, a 11ª desde o início da invasão russa da Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro. Espera-se que seja votada uma nova resolução sobre as consequências humanitárias do conflito, proposta pelo México e pela França.

Em 2 de março, 141 países votaram a favor de outra resolução condenando a invasão russa contra 35 abstenções (incluindo China, Cuba, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão ou Paquistão) e cinco votos contra (Coreia do Norte , Síria, Belarus, Eritreia e a própria Rússia).

A resolução atual é contestada pela Rússia e vários de seus aliados, que não querem que o nome do país apareça no texto, alegando que isso o "politiza".

Um diplomata europeu, que pediu anonimato, disse à imprensa na segunda-feira que é necessário "isolar a Rússia" e que países como a China "se distanciariam" de Moscou com isso, na semana passada o país desistiu de votar outro projeto de resolução sobre a situação humanitária no Conselho de Segurança na ausência de apoio.

af/llu/gf/jc

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EUA conflito RÚSSIA diplomacia militares ONU defesa Ucrânia

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