Polícia sueca tenta descobrir razões de ataque cometido em escola

A polícia sueca tentava, nesta terça-feira (22), descobrir o motivo do ataque que terminou no dia anterior com a morte de duas professoras de uma escola em Malmö, no sul da Suécia, pelo qual um estudante de 18 anos foi detido.

As duas mulheres, na casa dos 50 anos, trabalhavam na escola de ensino médio Malmö Latin, onde cerca de mil alunos estudam, na terceira cidade da Suécia, confirmou a polícia em entrevista coletiva nesta terça-feira.

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Não se sabe, porém, se o suposto agressor queria atacá-las especificamente ou tinha a intenção de causar mais vítimas.

"No momento, não podemos dizer se [o suposto agressor] tinha um relacionamento com essas funcionárias", declarou a comissária Petra Stenkula.

O estudante detido, formado no estabelecimento, "não tem antecedentes criminais. Mas vamos mapear detalhadamente o seu percurso e a sua personalidade", disse.

As autoridades reconheceram que todas as opções estavam sobre a mesa, antes de interrogar o suspeito, que foi preso na segunda-feira à noite.

Segundo a mídia local, o suspeito teria usado um machado e uma faca no ataque, mas os investigadores não quiseram confirmar essa informação, alegando sigilo.

A polícia, que foi avisada na segunda-feira por volta das 17h12 (13h12 de Brasília), após o término das aulas, enviou agentes para o local e uma patrulha conseguiu entrar rapidamente na escola.

Cerca de cinquenta pessoas estavam na escola no momento do ataque, de acordo com os investigadores.

Dez minutos depois que o alerta foi dado, a polícia encontrou o jovem no terceiro andar e o deteve sem que o jovem resistisse. Suas duas supostas vítimas estavam "feridas" perto dele, segundo Stenkula.

As duas mulheres foram levadas ao hospital, mas suas mortes foram anunciadas horas depois.

De acordo com o jornal sueco Aftonbladet, foi o suposto autor, cuja identidade não foi divulgada, que ligou para o número de emergência. Ele teria indicado onde estava, informado que havia largado a arma e reconhecido que havia matado duas pessoas.

Os investigadores realizam buscas no domicílio do suspeito, que mora na cidade vizinha de Trelleborg.

A primeira-ministra sueca, a social-democrata Magdalena Andersson, expressou sua "dor" e "consternação".

A escola estava fechada nesta terça-feira. Uma célula de apoio psicológico para professores e alunos foi criada, disse Anneli Schwartz, diretora de Ensino Superior em Malmö.

Nesta região do país houve dois incidentes graves em escolas nos últimos meses. Em janeiro, um garoto de 16 anos foi preso depois de ferir um aluno e um professor na cidade de Kristianstad.

O caso esteve ligado a um ataque semelhante ocorrido em agosto passado na cidade de Eslov, a 50 km de distância, quando um estudante atacou um funcionário da escola de 45 anos.

Até agora, o caso Malmö não foi relacionado a esses ataques anteriores.

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escola polícia Suecia homicídio Magdalena Andersson

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