Dolgopolov critica organizadores de Roland Garros por permitirem tenistas russos no torneio

O ex-tenista ucraniano Alexadr Dolgopolov criticou os organizadores de Roland Garros por não impedirem a participação de jogadores russos e bielorrussos no torneio, em entrevista concedida nesta segunda-feira à emissora francesa RTL.

Os organizadores do Aberto da França (que será disputado de 22 de maio a 5 de junho) anunciaram na semana passada que não fecharão as portas para os tenistas russos, entre eles o número 2 do mundo, Daniil Medvedev, e bielorrussos.

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"Eles não têm coragem, não querem assumir as eventuais consequências (da presença de jogadores russos). Francamente, não é o suficiente dizer que são contra a guerra. É uma guerra contra o nosso país, que mata nossos civis", disse o ex-tenista.

Dolgopolov, de 33 anos e campeão de três torneios no circuito da ATP, também disse que Roland Garros "não é mais importante que a vida de milhares de pessoas".

O ex-tenista, que voltou a Kiev para "defender" a Ucrânia, comentou que o "tênis tem uma posição muito covarde atualmente".

"A Rússia deve ser excluída de tudo o que é organizado pelo mundo livre. Dizer hoje 'sou contra a guerra' não é suficiente. Os atletas devem condenar seu governo e reconhecer que se trata de um assassinato em massa", acrescentou.

"São boas pessoas, conheço a maioria. Tenho certeza de que são contra a guerra, mas assumir uma posição neutra é como dizer 'me deixe em paz, eu vivo na minha bolha, não quero me envolver, só quero jogar tênis'. Esta posição é inaceitável", criticou Dolgopolov.

Na semana passada, em entrevista coletiva, a diretora-geral da Federação Francesa de Tênis (FFT), Amélie Oudéa-Castéra, informou que os jogadores russos e bielorrussos poderão competir em Roland Garros sob bandeira neutra.

"Está imposta uma estrita neutralidade aos jogadores russos e bielorrussos. Permanecemos sob o princípio do conjunto dos ministérios de Esportes da União Europeia e dos países de nosso entorno", disse Amélie.

bm/jde/mcd/cb

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