China e Ucrânia impulsionam Wall Street, antes de anúncio do Fed
A Bolsa de Nova York abriu em forte alta nesta quarta-feira (16), depois que as autoridades chinesas se comprometeram a garantir a estabilidade dos mercados financeiros, em um mercado à espera de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) acompanhe uma alta de juros com declarações moderadas.
Por volta das 11h (horário de Brasília), o índice industrial Dow Jones subia 0,90%, enquanto o tecnológico Nasdaq avançava 2,04%, e o S&P 500 ampliado, 1,29%.
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"Além do (preço do) petróleo que cai (...) a moderação dos chineses dá bastante vigor ao mercado", explicou o presidente da Meeschaert Financial Services, Gregori Volokhine, que observa uma mudança de tom por parte da China.
Hoje, as autoridades chinesas disseram que vão assegurar a estabilidade dos mercados financeiros e trabalhar para resolver a crise de seu setor imobiliário.
Também apoiaram que empresas chinesas sejam cotadas no exterior, o que é uma mudança de posição após meses de pressão sobre as empresas presentes em Wall Street.
Segundo a agência de notícias Nova China, Estados Unidos e China trabalharão em um compromisso para resolver a situação das empresas chinesas listadas em Nova York. Hoje, elas se encontram ameaçadas de ficar de fora deste mercado.
O efeito foi radical para os grandes nomes chineses em Wall Street, como os gigantes do comércio eletrônico Alibaba (+17,82%), Pinduoduo (+39,29%) e JD.com (+26,62%). Na segunda-feira, o Alibaba chegou a atingir um piso em seis anos, com queda de 58% desde outubro.
Já os preços do petróleo, cuja queda impulsionou Wall Street na terça-feira, subiram ligeiramente, em torno dos US$ 100 por barril, longe dos picos do início de março.
As conversas entre Rússia e Ucrânia continuam em busca de uma saída diplomática para o conflito deflagrado pela invasão russa ao país vizinho, em 24 de fevereiro.
Os investidores também aguardam o pronunciamento do Fed, após a reunião de seu Comitê de Política Monetária, e a entrevista coletiva de seu presidente, Jerome Powell. O mercado espera o anúncio de um primeiro aumento das taxas de juros de referência em dois anos, de um quarto de ponto percentual.
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