Base militar ucraniana foi atacada do espaço aéreo russo, diz funcionário dos EUA

Os mísseis de cruzeiro que devastaram uma base militar no oeste da Ucrânia e próxima da Polônia foram lançados de aviões no espaço aéreo russo, disse nesta segunda-feira (14) uma fonte do Pentágono, que detalhou que uma zona de exclusão aérea não impediria o ataque.

"Dezenas" de mísseis de cruzeiro foram lançados contra a base de Yavoriv de bombardeiros que voavam sobre a Rússia durante a noite de sábado, matando 35 pessoas e ferindo 134.

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A base está situada a oeste de Lviv e a apenas 20 quilômetros da fronteira com a Polônia, país-membro da União Europeia e da Otan.

O ataque deixou claro que o oeste ucraniano, que permaneceu relativamente seguro desde que as forças russas invadiram o país em 24 de fevereiro, era vulnerável, especialmente aos mísseis de longo alcance.

O funcionário do Departamento de Defesa americano, que falou em condição de anonimato, disse que o ataque era um exemplo de como uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia "não teria qualquer efeito".

Kiev vem pedido insistentemente pela instauração de uma zona de exclusão aérea sobre o país para evitar ataques vindos do ar.

Mas os aliados dos Estados Unidos e da Otan afirmam que isso significaria derrubar qualquer avião russo que viole a zona, o que poderia expandir a guerra para a maior parte da Europa e até mesmo aos Estados Unidos.

O Pentágono assinalou que não havia americanos na base de Yavoriv, que é utilizada para treinamento. No entanto, com base em postagens de supostos voluntários estrangeiros nas redes sociais, o local abrigava soldados de diversas nacionalidades que integrariam a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, entre os quais há inclusive brasileiros.

O ataque não atrapalhou o envio de armamento e munições ocidentais às forças da Ucrânia, segundo a fonte do Pentágono, que acrescentou que as entregas foram realizadas durante o último fim de semana.

Além disso, a fonte enfatizou que a base de Yavoriv não esteve envolvida nos envios de armas. "Os ataques a Yavoriv não afetarão isso", disse o funcionário, ao se referir às entregas de armas.

pmh/md/dg/rsr/rpr/mvv

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EUA conflito Rússia Ucrânia defesa

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