Duas semanas de invasão da Ucrânia pela Rússia: veja o que de mais importante aconteceu no período

As tropas russas começaram a atacar a Ucrânia na madrugada do último dia 24 de fevereiro

Os principais acontecimentos desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. Em duas semanas, o conflito já levou mais de dois milhões de ucranianos ao exílio, segundo a ONU.

Ao amanhecer de 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, que tinha concentrado mais de 150.000 soldados em torno da Ucrânia nas semanas anteriores, anuncia uma "operação militar" na Ucrânia para defender as "repúblicas" separatistas autoproclamadas do leste do país, cuja independência havia reconhecido três dias antes.

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Pouco após o anúncio são ouvidas fortes explosões em Kiev e várias cidades do leste e do sul da Ucrânia.

Pela manhã, as forças terrestres russas entram no território ucraniano a partir da Rússia e de Belarus. Ns primeiras horas ocupam a central nuclear de Chernobyl.

A ofensiva provoca indignação internacional.

No dia 26, o exército russo recebe a ordem de expandir sua ofensiva pela Ucrânia "em todas as direções".

No dia 27, Vladimir Putin anuncia ter posto em alerta a "força de dissuasão" do exército russo, que pode incluir as armas nucleares. A Casa Branca denuncia uma escalada "inaceitável".

A União Europeia (UE) informa que financiará a compra e a entrega de armas à Ucrânia, uma novidade.

Em represália, os países ocidentais ordenam uma bateria de sanções econômicas cada vez mais severas contra Vladimir Putin e seu entorno e a economia e o setor financeiro russos.

Os espaços aéreos são fechados e a Rússia se vê banida de uma série de eventos esportivos e culturais. A UE proíbe a difusão em seu território de veículos de comunicação públicos russos RT (ex-Russia Today) e Sputink.

No dia 28 acontecem as primeiras negociações entre Rússia e Ucrânia na fronteira entre a Ucrânia e Belarus, sem resultados concretos.

O presidente ucraniano insta a UE a integrar "sem demora" seu país ao bloco.

Vladimir Putin exige que Crimeia seja reconhecida como território russo, a "desnazificação" do governo ucraniano e que a Ucrânia tenha um "status neutro". Há vários meses, Moscou exige que a Ucrânia nunca entre para a Otan.

O rublo cai a mínimos históricos.

Em 2 de março, tropas aerotransportadas desembarcam em Kharkiv (norte), segunda cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia.

No sul, a cidade portuária de Kherson, perto da Crimeia, também é bombardeada.

No sudeste, a artilharia russa ataca intensamente Mariupol, às margens do mar de Azov, um dia depois de ter se apoderado do porto de Berdiansk, situado a 90 km.

Na capital, os civis se protegem nas estações de metrô, transformadas em abrigos antiaéreos.

Os preços dos combustíveis e do alumínio, do qual a Rússia é grande exportadora, disparam e a cotação do petróleo atinge níveis máximos em quase uma década.

Em 3 de março, autoridades ucranianas confirmam que o exército russo tomou Kherson, primeira grande cidade ucraniana a cair em suas mãos.

Os negociadores russos e ucranianos concordam em estabelecer "corredores humanitários" para retirar civis.

A Assembleia Geral da ONU apoia com ampla margem uma resolução que exite o fim da ofensiva russa.

As tropas de Moscou ocupam a central nuclear de Zaporizhzhia (sul), a maior da Europa.

Em 4 de março, Moscou bloquei o Facebook e adota fortes sanções contra o que considera divulgação de "informações falsas sobre o exército", o que leva diversos meios de comunicação internacionais a suspender a cobertura a partir da Rússia.

Em 5 e 6 de março fracassam duas tentativas de retirada de civis da cidade cercada de Mariupol. Kiev e Moscou trocam acusações.

Moscou anuncia outros seis corredores humanitários, mas quatro levam à Rússia e Belarus. A Ucrânia rejeita e considera a proposta "imoral".

Em uma aparente mudança de postura, Zelensky afirma que não insistirá na entrada na Otan e se mostra aberto a um "compromisso" sobre o status dos territórios separatistas do leste.

Em 8 de março, mais de 5.000 civis são finalmente retirados de Sumy e outros 18.000 da região de Kiev. Um dia depois, Zelensky anuncia que ao menos 35.000 civis deixaram as cidades cercadas.

As justiças da Alemanha e da Espanha abrem investigações sobre supostos crimes de guerra cometidos pela Rússia. Poucos dias antes, o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) também havia anunciado uma investigação.

Em 9 de março, o Kremlin denuncia uma "guerra econômica" dos Estados Unidos, que na véspera anunciou um embargo das importações de petróleo e gás russos.

Até o momento, a ONU contabiliza 516 civis mortos, um balanço provavelmente inferior à realidade.

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