Zelensky negocia empréstimo e critica Otan por não impor zona de exclusão aérea

Em seu Twitter, Zelensky escreveu que o Banco Mundial "está pronto para apoiar de forma eficaz e poderosa a Ucrânia"

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, conversou hoje com o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, ocasião na qual ambos trataram sobre um empréstimo suplementar para a Ucrânia no valor total de US$ 500 milhões. Em comunicado, Malpass apontou que a medida, chamada Financiamento da Recuperação da Emergência Econômica na Ucrânia, está sendo aumentada com garantias de parceiros bilaterais, incluindo Holanda e Suécia. A proposta foi apresentada ao Conselho do Banco Mundial nesta sexta, 4, segundo o documento.

Os líderes "discutiram a importância de consolidar o apoio ao desenvolvimento para agilizar os processos de aprovação e maximizar o impacto", de acordo com o comunicado. Malpass também observou que o Banco Mundial está trabalhando para preparar novos projetos e reestruturar os existentes, para fornecer mais US$ 200 milhões em apoio de desembolso rápido até o final de março.

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Em seu Twitter, Zelensky escreveu que o Banco Mundial "está pronto para apoiar de forma eficaz e poderosa a Ucrânia. Isso é importante para superar os efeitos da agressão russa".

O presidente também falou hoje com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Em seu Twitter, a líder da instituição escreveu que "o FMI está comprometido em apoiar a Ucrânia e seu povo. Assegurei a Zelensky uma resposta rápida ao pedido da Ucrânia de assistência financeira de emergência". Na mesma rede social, o ucraniano se disse grato ao Fundo, e que o FMI "deve assumir a liderança no financiamento da recuperação da Ucrânia após o fim da agressão da Rússia".

Otan

Zelensky criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por se recusar a impor uma zona de exclusão aérea sobre seu país. "Todas as pessoas que morrerem deste dia em diante também morrerão por sua causa, por sua fraqueza, por sua falta de unidade", disse ele nesta noite. "A aliança deu luz verde ao bombardeio de cidades e vilas ucranianas ao se recusar a criar uma zona de exclusão aérea", afirmou.

Nesta sexta-feira, 4, a Otan se recusou a impor uma zona de exclusão aérea, alertando que isso poderia provocar uma guerra generalizada na Europa com a Rússia com armas nucleares. "Tudo o que a aliança conseguiu fazer hoje foi passar pelo seu sistema de compras 50 toneladas de óleo diesel para a Ucrânia. Talvez para podermos queimar o Memorando de Budapeste", disse Zelensky, referindo-se às garantias de segurança de 1994 dadas à Ucrânia em troca da retirada de suas armas nucleares da era soviética.

"Vocês não poderão nos pagar com litros de combustível pelos litros do nosso sangue derramados pela nossa Europa comum", afirmou, dizendo que os ucranianos continuarão resistindo e que já destruíram os planos da Rússia para uma invasão relâmpago "tendo suportado nove dias de escuridão e maldade". "A história da Europa se lembrará disso para sempre", concluiu. (*COM ASSOCIATED PRESS)

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RÚSSIA/UCRÂNIA/GUERRA/ZELENSKY/BANCO MUNDIAL/OTAN

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