Autoridades ucranianas confirmam queda de Kherson para tropas russas

Autoridades ucranianas confirmaram na noite desta quarta-feira (2) a captura pelo exército russo de Kherson, uma cidade portuária de 290.000 habitantes no sul do país.

"Os invasores estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos", declarou o chefe da administração regional, Guennady Lakhuta, no Telegram.

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Pela manhã, Moscou havia anunciado seu controle sobre esta cidade na costa do mar Negro, no que representa a maior vitória das tropas russas desde o início da invasão, há sete dias.

O prefeito de Kherson, Igor Kolykhayev, afirmou ter conversado com os "convidados armados" em um edifício da administração municipal.

"Não tínhamos armas e não fomos agressivos. Mostramos que trabalhamos para garantir a cidade e tentamos parar as consequências da invasão", declarou em mensagem no Facebook.

"Encontramos enormes dificuldades com a recolha e enterro dos mortos, a entrega de alimentos e medicamentos, a recolha de resíduos, a gestão de acidentes, etc", afirmou.

O prefeito anunciou um toque de recolher noturno e restrição ao tráfego de carros, alegando não ter "feito nenhuma promessa" aos russos e "simplesmente lhes pedido que não atirassem nas pessoas".

"Até agora tudo está indo bem. A bandeira que voa acima de nós é a ucraniana. E para que isso continue, essas exigências devem ser respeitadas", acrescentou.

O exército russo anunciou ao amanhecer que havia capturado Kherson, localizada a cem quilômetros da península da Crimeia que Moscou anexou em 2014.

As tropas invasoras já tomaram outro importante porto do país, Berdyansk, e estão atacando Mariupol, cujo prefeito, Vadim Boichenko, assegurou que as forças ucranianas "repeliram dignamente" os ataques.

"Hoje foi o dia mais difícil e cruel dos sete dias de guerra. Hoje, eles simplesmente queriam nos destruir", denunciou em um vídeo no Telegram, acusando os russos de terem "disparado contra prédios residenciais".

"Infelizmente, infra-estruturas essenciais foram novamente danificadas. Estamos novamente sem eletricidade, sem água, sem aquecimento", disse.

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