O que são bombas de fragmentação, que estariam sendo usadas no conflito pela Rússia?

A produção, utilização, armazenamento e transferência das bombas de fragmentação são proibidos pela Convenção de Oslo de 2010

A Anistia Internacional denunciou, nesta segunda-feira, 28, o uso de bombas de fragmentação na Ucrânia por parte da Rússia. A entidade pediu a abertura de uma investigação por "crime de guerra" após os indícios de um ataque que teria matado civis. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, defendeu que a informação é falsa. Não houve pronunciamento das autoridades sobre a denúncia.

Com base em registros fotográficos enviados por funcionários do hospital, a Human Rights Watch identificou restos de armas com características de uma "ogiva de munição cluster 9N123", utilizada em um míssil balístico Tochka série 9M79.

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De acordo com o relatório, a ogiva de munição cluster contém 50 submunições de fragmentação 9N24. Segundo informações do fabricante russo, cada submunição contém 1,45 kg de explosivos e se estilhaça em aproximadamente 316 fragmentos.

As bombas de fragmentação são munições compostas por um projétil conhecido como "bomba-mãe", que carrega várias centenas de mini-bombas ou submunições. Elas são lançadas por avião ou em terra por foguetes e projetadas para se dispersar em áreas grandes, podem alcançar a superfície de vários campos de futebol.

A produção, utilização, armazenamento e transferência das bombas de fragmentação são proibidos pela Convenção de Oslo de 2010, porém, elas continuam a ser utilizadas em conflitos na Síria, no Iêmen, na Líbia e em outras regiões.

Dois anos antes, durante encontro em Dublin, na Irlanda, mais de 100 países assinaram um tratado internacional que proíbe o uso das bombas em conflitos. O compromisso firmado foi que os países ficariam responsável por não usar munições de dispersão, desenvolver, produzir, adquirir, reter ou transferir, direta ou indiretamente, munições de dispersão.

Também foi vetado assistir, encorajar ou induzir qualquer um em qualquer atividade proibida por um estado membro sob essa convenção.Porém, EUA, Rússia, Ucrânia e Brasil não fazem parte dessa lista. 

 

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