Europa fecha seu espaço aéreo aos aviões russos

Berlim esclareceu que esta proibição será válida por três meses, mas não dizia respeito a nenhum voo humanitário

Da Alemanha à Suécia, passando por França, Bélgica e Itália, os países europeus fecham gradualmente o seu espaço aéreo às companhias russas em retaliação à invasão da Ucrânia por Moscou, que desencadeou uma série de sanções ocidentais contra o poder russo.

Neste domingo (27), o ministério dos Transportes alemão "decretou a proibição de voo para aeronaves russas e operadoras de aviões russos no espaço aéreo alemão" a partir das 14h00 GMT (11h00 de Brasília).

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Berlim esclareceu que esta proibição será válida por três meses, mas não dizia respeito a nenhum voo humanitário.

A França, por sua vez, informou que fechará seu espaço aéreo "para aviões e companhias aéreas russas" a partir desta noite, segundo o ministro dos Transportes, Jean-Baptiste Djebbari, que ressaltou que a "união da Europa é total".

Mesma decisão da Irlanda, Bélgica, Holanda e Itália.

"Na Europa, o céu está aberto (...) para aqueles que conectam os povos, não para aqueles que cometem agressões brutais", justificou o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, no Twitter.

"Não há lugar no espaço aéreo holandês para um regime que aplica violência desnecessária e brutal", afirmou o ministro holandês da Infraestrutura, Mark Harbers.

O governo do Luxemburgo, grande plataforma de aviões de carga e transporte de mercadorias na Europa, anunciou, em comunicado de imprensa, "preparar as notificações necessárias para fechar" o seu espaço aéreo às empresas russas a partir deste domingo.

No norte da Europa, a Finlândia, que tem uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com a Rússia, a Suécia, Dinamarca e Islândia anunciaram medidas semelhantes.

A estes países somam-se Polônia, a República Tcheca, Estônia, Bulgária, Moldávia e Reino Unido.

Com muitos países fechando ou anunciando o fechamento de seu espaço aéreo, o tráfego aéreo russo se vê diante de uma zona de exclusão muito grande na Europa, forçando os voos a grandes desvios.

Numa reunião dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia, "pressionaremos por uma paralisação em toda a UE", disse o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, no Twitter.

A invasão russa da Ucrânia "deve ser combatida com as mais fortes sanções internacionais possíveis", afirmou.

"Queremos que isto (o fechamento do espaço aéreo) seja feito o mais rapidamente possível, e o melhor e mais rápido seria se fosse feito a nível europeu", estimou por sua vez o ministro sueco Hans Dahlgren.

Em retaliação, Moscou começou a proibir o sobrevoo de seu território a aviões ligados aos países europeus que anunciaram tais decisões nos últimos dias.

Em uníssono com um número crescente de companhias ocidentais, a Lufthansa - maior grupo europeu com as marcas Lufthansa, Condor, Swiss, Brussel Airlines - decidiu no sábado suspender os voos para e sobre a Rússia por uma semana, antecipando as medidas de retaliação de Moscou.

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