Confronto entre Exército paquistanês e separatistas entra no 3º dia

O Exército paquistanês continua a combater os separatistas pelo terceiro dia consecutivo, nesta sexta-feira (4), após um ataque na província do Baluchistão (sudoeste), a qual tanto o governo quanto os rebeldes afirmam controlar.

Na quarta-feira (2), o grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) lançou um duplo ataque contra campos militares nos distritos de Naushki e Panjgur, no Baluchistão, uma província rica em petróleo e gás na fronteira com Irã e Afeganistão.

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Ontem, o Exército anunciou ter matado pelo menos 13 rebeldes em ambos os lugares e que perdeu sete soldados.

O BLA disse, por sua vez, ter perdido nove membros de um de seus comandos em Naushki e que abateu cerca de 170 soldados nos dois ataques. As autoridades rebatem a informação, classificando-a como "absolutamente falsa".

O movimento reconheceu que a operação em Naushki terminou na quinta-feira, mas garantiu que mantinha o controle do campo de Panjgur nesta sexta-feira.

Sob a condição de anonimato, um funcionário de alto escalão das forças de segurança paquistanesas negou esta versão à AFP. Segundo esta mesma fonte, o Exército controla a situação em Panjgur, e apenas uma operação permanece ativa nos arredores para "perseguir o que resta" dos agressores.

O mesmo funcionário explicou que as operações rebeldes foram organizadas para coincidir com a visita à China do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022.

"Estes ataques tinham como objetivo sabotar a visita", ao levantar questões sobre a "situação de segurança" no Paquistão, disse ele.

Com cerca de 12 milhões de habitantes, o Baluchistão é a maior e mais pobre província do Paquistão. Possui abundantes recursos naturais, mas a população local reclama que não recebe o que considera que lhe caiba destas riquezas.

As tensões se intensificaram com os investimentos chineses, que incluem mais de US$ 50 bilhões para um projeto de infraestrutura entre os dois países. Os moradores locais afirmam que não foram beneficiados por eles.

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Paquistão China rebelião Imran Khan

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