OTAN e EUA fazem ajustes finais na resposta para demandas russas
A resposta por escrito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos às demandas de segurança apresentadas pela Rússia será enviada até o final desta semana - informaram diferentes fontes diplomáticas da Aliança Atlântica, nesta quarta-feira (26).
Esta resposta está sendo "finalizada", disseram as fontes consultadas pela AFP.
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"Muitas das demandas russas são inaceitáveis, ou pouco realistas, mas a resposta identifica uma série de áreas, nas quais é possível trabalhar em suas preocupações", afirmou uma autoridade europeia.
"A pergunta agora é: é isso que os russos estão esperando?", acrescentou.
Em meados de dezembro passado, a Rússia apresentou duas propostas de tratados para limitar drasticamente a influência americana e da OTAN nas proximidades de suas fronteiras.
Os Estados Unidos responderam que estavam prontos para discutir a questão, em consulta com os europeus.
A Rússia exige um compromisso por escrito sobre a não ampliação da OTAN para Ucrânia e Geórgia, além da retirada de forças e armamentos da aliança militar dos países do Leste Europeu que aderiram à OTAN depois de 1997.
Os países ocidentais consideram inaceitável este conjunto de exigências, mas, na prática, congelaram o processo de adesão de Ucrânia e Geórgia. Esta inclusão requer a unanimidade dos 30 membros da aliança militar.
"É fundamental que as garantias de segurança para a Rússia sejam postas por escrito e tenham força de lei", frisou o vice-chanceler russo, dSergey Riabkov, durante a apresentação dos dois textos à imprensa.
As propostas do tratado proibiriam os Estados Unidos de estabelecerem bases militares em qualquer país da antiga União Soviética que não seja membro da OTAN.
Tampouco se poderia usar a infraestrutura destes países "para qualquer atividade militar" e até mesmo "desenvolver uma cooperação militar bilateral".
Da mesma forma, os membros da OTAN se comprometeriam a não expandir a aliança, nem fazer qualquer atividade militar no território da Ucrânia e de outros países da Europa Oriental, do Sul do Cáucaso e da Ásia Central.
Os países ocidentais exigem que a Rússia retire as unidades russas estacionadas em seu próprio território ao longo da fronteira com a Ucrânia e que "diminua" as tensões com o governo ucraniano.
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